Lição da pandemia
Antes da pandemia, países e povos vinham sofrendo o efeito progressivo da onda digital. Os planos e políticas econômicas não conseguiram resolver o mais forte desafio dos tempos atuais: a inclusão social, que passa por boa educação, efetiva assistência à saúde e, claro, por emprego e renda compatíveis. Com milhares de mortos e economias paralisadas, a crise sanitária vai deixar um rastro de pobreza, agravando o panorama social pré-existente. Situação que, afora o desafio tecnetrônico, era produzida pela própria natureza dos sistemas econômicos. Mas a forte lição desta crise é que os pobres não podem continuar a pagar a conta, agravada com os altos custos sociais da pandemia. Muitas lições devem ser retiradas deste momento. Uma é a correção de curso crucial: revisão de leis e programas sociais e políticos e redistribuição de renda com promoção social. O ágio do grande desastre tem que resultar em profundas mudanças e deve ser pago pelos detentores das riquezas nacionais. A lição, passada com horrores de guerra, não será nada desprezível.
» Fran Figueiredo,
Brasília
Elogios
Uma alegria iniciar o dia lendo o artigo “Cego é quem tem medo de ousar”, no CB. Competente, como sempre, e comovente. Achei o máximo “o fetiche de uma piscadela”. Ao mesmo tempo senti angústia ao ler, no mesmo CB, que o Brasil ostenta a maior média diária do mundo de mortes por covid-19. O pior vidente é o que não enxerga um palmo da realidade. Passou da hora de termos uma ação coordenada para enfrentar esta guerra. Só apontar culpados não resolve.
» Maurício Vasconcelos,
Lago Sul
» Li o artigo “Cego é quem tem medo de ousar” no CB. Reli. Silvestre Gorgulho sempre escreve com o coração. Achei que a mídia não deu o devido destaque à posse do advogado Cláudio de Castro Panoeiro na Secretaria Nacional de Justiça. Merecia uma ampla matéria sobre sua vida e como ele conseguiu superar tantos obstáculos para ser aprovado com louvor em direito na Universidade de Salamanca. Serviria de incentivo a muitas outras pessoas – com deficiência ou não – que precisam levantar o astral e buscar rumo na vida. O artigo também serviu para lembrar ao secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, que tem sensibilidade e competência, que não deixe morrer o projeto Cinema para Cegos. O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro tem de continuar com o tom vanguardista.
» Vera Martini Guilam,
Condomínio Jardim Botânico
» Que surpresa ler um artigo tão forte no CB, lembrando a posse de um cego na Secretaria Nacional de Justiça. O advogado Cláudio Panoeiro é um vencedor. Um exemplo. Foi muito bom relembrar a epopeia que foi fazer o Cinema para Cegos, uma ação pioneira e inédita num festival de cinema. É bom lembrar: foi a primeira experiência em nível nacional com acessibilidade para pessoas cegas e surdas. Brasília sempre na dianteira de trabalhos culturais. O projeto mudou de vez a ação de patrocinadores que, depois da experiência no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de 2007 a 2013, passaram a favorecer apoios para cineastas e festivais que fizessem ações de audiodescrição (para pessoas cegas) e legendagem (para surdos). Que o Festival de Cinema 2020 resgate a iniciativa cidadã.
» Dolores Tomé,
Lago Norte
Cumprimentos
Meus parabéns à equipe do governo federal que, finalmente, resolveu vender os imóveis da União. Há mais de 40 anos sou vizinho do Incra. Não o órgão federal, mas um terreno vazio no Lago Norte. O instituto possui várias outras propriedades vazias. Imagino o quanto já foi gasto pelo governo apenas para manter o lote limpo ao longo dos anos. Que venham os novos vizinhos.
Marcelo Abi,
Lago Norte
Manifestações
Ir às ruas, fazer discursos, usar carros de som, reivindicar direitos, manifestar vontades é ato de cidadania. Previsto na Constituição, é direito que não pode ser cerceado. Mas pergunto: esta é a hora de aglomerações e contatos físicos? Estamos em plena pandemia. O Brasil já soma mais de 40 mil mortos. A curva é ascendente. Muitas vidas ainda se perderão. Precisamos focar no verdadeiro inimigo: o coronavírus. Até agora, ele é o grande vencedor.
» Vilma Castro,
Planaltina