Opinião

Sr. Redator

Cartas ao Sr. Redator devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome e endereço completo, fotocópia de identidade e telefone para contato.

Coronavírus
O governador Ibaneis Rocha (MDB) autorizou, a partir desta quarta-feira, a reabertura de parques, igrejas e templos de grande porte. Essa flexibilização das regras de distanciamento, mesmo em regiões administrativas que ainda apresentam altas taxas de transmissão da covid-19, com elevados índices de óbitos, vai na contramão das medidas necessárias para a frenagem da contaminação. Evidentemente, não se trata de um liberou geral, e isso não faria sentido. Esses setores terão que cumprir regras sanitárias. No entanto, é preocupante essa flexibilização, pois, se constata um começo de relaxamento na quarentena num momento em que não há sinal de qualquer controle da epidemia. Ao contrário, os números são desoladores. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a pandemia na América do Sul, onde o Brasil é o epicentro, ainda não atingiu o pico. Ou seja, o pior está por vir. Especialistas têm alertado para os riscos dessa flexibilização precoce que, segundo eles, poderá levar a um aumento do número de casos, agravando o problema da falta de leitos. Lamentavelmente, o Brasil soma mais de 550 mil infectados e passamos das 31 mil mortes causadas pela doença. Diante desse quadro, Brasília inova ao relaxar a quarentena antes que haja um decréscimo do número de infectados e de óbitos. Senhor governador, a ver aonde essa sua arriscada estratégia de flexibilização nos levará.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras


Basta
 
Não tenho dormido direito. Às vezes, consigo tirar um cochilo e, de repente, acordo assustado. O que está acontecendo no Brasil nos últimos dias não tem explicação. Estou preocupado com aqueles  que  não gostam  de democracia. Regime de exceção por quê?  Será que são  vozes de desajuizados? Por mais que eu me esforce para enxergar os motivos que justifiquem uma aberração dessa, não vejo nada. A população  brasileira está com medo. Está passando da hora de dar um basta  nessa meia dúzia que acredita estar expressando o desejo da maioria. Por favor, forçação de barra, não.  Vão trabalhar para que o Brasil consiga se livrar das  dificuldades que vem enfrentado. O momento é de tristeza. O momento é de dor. Não há espaço para a insensatez. Não há espaço para o horror. O Brasil passou mais de uma década sofrendo com os governos petistas, tivemos a grande oportunidade de mudar, mudamos, mas do jeito que as coisas vão, só Deus. Semear a paz e não  conflitos, eis a questão.
» Jeovah Ferreira,
Taquari


Manifestações

Engraçado como a postura das pessoas nessa pandemia se alterou. Nunca teci comentários sobre cartas publicadas neste espaço, a não ser do senhor Jarbas Passarinho,(falecido), décadas atrás, onde discordei da posição dele de que tanques na UnB eram caminhões. Pois bem, li a carta de leitor (2/5/2020). Nela, ele se posiciona sobre o presidente Bolsonaro com muito rigor e apoio algumas posições dele, até como eleitor que sou e serei do chefe da Nação, caso necessário. Discordo, no entanto, de chamar-me de “mal-educado”. Sou politizado. Amo Brasília. Não ajo com atitudes “estapafúrdias, insolentes e inacreditávei”. Por fim, votei sob protesto em Bolsonaro para administrar este país. Se fosse para virar uma Venezuela e roubarem o povo, teria votado na esquerda. Coisa que não passaria e não passa por minha cabeça. Exijo respeito. As manifestações são democráticas, sim.
» José Monte Aragão,
Sobradinho


Gratidão

Numa madrugada fria de junho de 1972, então com 21 anos de idade, eu saí da casa dos meus pais em Teresina. Depois de dois ou três dias de viagem, se não me engano, desembarquei na Rodoviária do Plano Piloto, carregando uma pequena mala e muitos sonhos. Saindo dali, peguei um táxi e fui para o Cruzeiro Velho, quadra zero, onde moravam minha tia Maria (conhecida por Moça, para os parentes) e seu marido José Mendonça e mais cinco filhos. Fui bem recebido e acolhido por eles. Em fevereiro de 1973, por meio do meu primo e escritor Jacob Fortes, consegui vaga de escriturário na Universidade de Brasília, onde trabalhei por cinco anos, saindo depois para uma autarquia federal. Hoje, estou aposentado depois de trabalhar 37 anos no serviço público. Por esse motivo, sou  eternamente grato, primeiro a Deus, depois a JK, que construiu esta maravilhosa cidade que moramos, e às  pessoas citadas. Obrigado ao nosso Deus.
» Sebastião Machado Aragão,
Asa Sul