Opinião

Visto, lido e ouvido


Fake, fake, fake

Ao longo de anos, ficou consolidada na cabeça dos brasileiros a tese de que todas as comissões parlamentares de inquérito (CPI), além das comissões parlamentares mistas de Inquérito (CPMI), que agrupam parlamentares das duas Casas, quase nunca avançam para um desfecho minimamente satisfatório. Acaba prevalecendo internamente o espírito de corpo e outros interesses políticos, digamos, mais pragmáticos.

Dessa forma, esse que seria um dos principais instrumentos jurídicos conferidos aos legisladores para fiscalizar o Estado de Direito, caiu em descrédito para a população. Não há hoje cidadão algum, cônscio do que ocorre no Parlamento, capaz de apostar um níquel sequer na eficiência e sinceridade de propósitos de CPIs, venham elas de onde vierem. Esse fato em si é danoso para todos igualmente, já que dificulta a retirada de obstáculos que impedem o aperfeiçoamento do processo democrático, corrigindo rumos, punindo culpados e melhorando os mecanismos da legislação.

Para além da falta de credibilidade, esse desvirtuamento das comissões tem servido, nos últimos anos, apenas como instrumentos para perseguições políticas e como arma das oposições para desestabilizar governos, sejam eles de esquerda ou de direita. Diante desse fato, é comum afirmar que nada mais fake do que uma CPI, ainda mais quando se trata de uma Comissão de Inquérito para tratar de fake news.



A frase que  foi pronunciada

“ A primeira coisa que um cidadão precisa ter é civismo, e não pode haver pátria, verdadeira pátria, onde os cidadãos não se preocupem com os problemas políticos.”
Umamuno (1864-1936), romancista e filósofo espanhol



O que se vê
» Observação vinda de uma autoridade: “Nunca imaginei um crime mais nefasto que o 11 de Setembro. Nem poderia aventar a ideia de que os países atingidos tratassem o culpado com uma espéciede Síndrome de Estocolmo.”



Aos poucos
» Desburocratização de crédito, compras governamentais e reabertura de floriculturas podem amenizar impactos da crise para o produtor rural. As informações são da Confederação Nacional de Agricultura.



Voluntários
» Com alguns cursos já disponíveis gratuitamente para a população, a Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do DF convida voluntários da comunidade que queiram apresentar e administrar cursos a distância pela entidade. Veja mais informações no blog do Ari Cunha.



Desajustes
» Nem sempre as máscaras são projetadas com perfeição. Há médicos em clínicas que a usam e elas escorregam deixando o nariz à mostra. Turistas repararam que os Dragões da Independência também estavam com a máscara caindo. Nariz e queixo devem estar totalmente cobertos.



Criatividade 
» Por falar nisso, Juscelino Kubitscheck, no Museu do Catetinho, índios no Memorial dos Povos Indígenas, estátuas da Casa do Cantador, do Teatro Nacional Claudio Santoro e até do Cine Brasília, Troféu Candango estão usando máscaras, lembrando a todos da nova regra.



Lembranças
» Ari Cunha contava uma história do engenheiro Atahualpa Schmitz da Silva Prego, falecido nesta semana. Era daquelas pessoas alegres que todos queriam estar por perto. Um dia, quando deu algum problema numa obra da cidade, Israel Pinheiro estava furioso. Queria falar com Atahualpa. Ele foi chamado e todos os que estavam presentes acompanharam o engenheiro com os olhos para ver o que aconteceria. Os dois se encontraram e não era possível andar lado a lado pelo espaço da construção. Israel foi na frente e Atahualpa, atrás. Quando viu lá longe, todos de olhos grudados nele, Atahualpa não se deu por vencido. Ia atrás de Israel gesticulando como se ele mesmo estivesse dando a bronca. A cena arrancou muitas gargalhadas dos pioneiros.



Melhores
» Pontos de ônibus em vários locais serão revitalizados. Valter Casimiro Silveira, da Secretaria de Transporte e Mobilidade, precisa estar atento às paradas sem recuo, o que é um perigo para o trânsito.



História de Brasília

O Departamento de Agricultura diz que a marcação das covas foi feita pelo DUA, mas o DUA desmente. Dr. Vasco, o sr.,que é diretor executivo, resolva a questão, e mande plantar duas ou três árvores no espaço existente entre dois postes. Garanto que ficará melhor. (Publicado em 06/01/1962)