Parabéns, Brasília!
Brasília de óxidos de ferro e alumínio
De terra permeável vermelha fina
Planalto berço das águas
Clima primaveril atração feminina
Sua altitude é oxigenada
Cerrado com épocas secas e chuvosas
Previsão de jorrar leite e mel
Planejada e construída por gente famosa
Acolhedora de diferentes pessoas
Tornou-se o centro de decisões
Ainda não tem seu sotaque
Prevalece a linguagem das regiões
Brasília de sessenta anos
Asa Sul é nosso ambiente
Garantir este grande patrimônio
É nosso dever e seu grande presente.
Antônio Xavier de Campos, Asa Sul
» Cheguei a Brasília, em 20/5/1970, às 20h, de ônibus, vindo de Santa Catarina para servir à Polícia do Exército (PE). Quatros batedores seguiram o ônibus. Passei pelo Eixo Monumental. Encantaram-me as ruas largas. Lembro-me como se fosse hoje: no outro dia, fui ao Núcleo Bandeirante. Em meio aos inúmeros barracos, pois o Núcleo Bandeirante só tinha isso, deparei-me com uma padaria e pedi um copo de leite. Acostumado com o Sul, onde um copo de leite vem com açúcar, naquela padaria veio sem. Reagi, dizendo que o leite estava azedo, ao que seu dono também reagiu, dizendo que aquela casa era honrada, pois não vendia nada azedo. Disse azedo, não que estava estragado, mas pela ausência de açúcar. Depois das explicações, fizemos as pazes. Hoje, Brasília completa 60 anos. Quem te viu e quem te vê. Essa velhota está linda. Ela me deu tudo. Foi aqui que fiz o supletivo. Foi aqui que fiz dois cursos superiores completos. Sei que tem os mesmos problemas das grandes capitais. Mas sou só agradecimento. Amo-te, Brasília. Não troco essa velhota por cidade alguma.
Rubens Martins, Lago Norte
» Fazendo 60 anos, Brasília é uma cidade com desenho único. Planejada por Lúcio Costa, a cidade é organizada, moderna e diferente. Por isso, muita gente acredita ser ela uma cidade mística e criada em cima de profecias. No entanto, independentemente da crença, Brasília é encantada por seus monumentos e características ímpares. Parabéns, Brasília, pelos 60 anos de beleza e encantamento! Viva!
José Ribamar Pinheiro Filho, Asa Norte
» Querida Brasília, parabéns por seu aniversário de 60 anos! Agradeço por acolher a mim e a minha família. Com entusiasmo e alegria, vi tudo isso nascer e ajudei a construir; e mais: continuo ajudando.
Benedito Pereira da Costa, Asa Norte
» A bela capital federal, agora, em seu sexagenário ano de fundação, é uma jovem sessentona; uma musa, senhora e dona. Não é essa quarentena que vai reduzir essa vontade, cá comigo, de comemorar... Você é minha segunda terra. Aqui, chegamos no primeiro dia de 1997. E quantas boas lembranças! Quantas cumplicidades e boas receptividades que obtivemos. O arquiteto Lúcio Costa falou de seu belo céu; e que, apesar de não ter mar, tem lindos e enormes lagos. Aqui, ali e acolá há um desenho surreal e, mesmo real, de um lindo pomar. Hoje, acordei, ó Brasília! Acordei com o lindo canto do bem-te-vi... um canto saudoso que lembra muito nosso Nordeste; e, na melodia, o pássaro sintoniza algumas notas musicais: no cantar sai “bem-te-vi, bem-te-vi”; e na sequência, “te vi, te vi, te vi...” e arremata com “vi, vi... vi... você ali”. E nos galhos das araucárias anunciou o bem-te-vi: era céu nublado em Águas Claras! Brasília sessentona produz: morango, goiaba, maçã, feijão, milho, soja, abacate, jaca, manga... o especial café; e, nas labutas, com esperança e fé, nossa Brasília sessentona poderá (ou já cultiva) até a boa azeitona! Que nosso bom Deus continue a iluminar Brasília para que sempre possa dar bons exemplos em educação, saúde, saneamento básico, comércio, indústria, na boa literatura, no empreendedorismo e na diversidade em pesquisas e boas leituras!
Antônio Carlos Sampaio , Machado, Águas Clara
» E lá se vão 54 anos desde que botei meus pés em terras candangas. Lembro-me perfeitamente daquele 18 de abril de 1966, quando desci na rodoviária do Plano Piloto, após oito dias de viagem do Piauí até aqui. A amplidão diante dos meus olhos impresionou-me sobremaneira. Sobradinho era o meu destino final. Entrei no velho ônibus da TCB rumo à cidade serrana que, à época, parecia mais um grande acampamento, tantos eram os barracos de madeira. E aqui estou, desde então. Formei-me, segui carreira profissional, constitui família. Aguardo para este mês — como numa homenagem à minha chegada ao Planaldo Central — o meu sétimo neto brasiliense! Hoje, aposentado, agradeço a Deus por aqui ter chegado, e reafirmo o meu amor por Brasília, ousadia do genial JK.
Antonio Pereira Marinho, Sobradinho