Coronavírus
“Ave César, os que vão morrer te saúdam”, era o brado dos gladiadores para o imperador romano antes de começarem as batalhas no Coliseu, ante a expectativa do seu destino. Hoje esse brado poderia ser substituído por “Ave, Coronavírus, os que querem morrer ou causar a morte de terceiros te saúdam”, para os insensatos que discordam e insistem em romper o isolamento horizontal, sob o pretexto da alternativa do isolamento vertical. No Brasil, o isolamento vertical seria, na prática — considerando a realidade das habitações brasileiras — um delivery gratuito de coronavírus: o grupo de risco fica em casa, aguardando o grupo que não é de risco trazer o vírus ao fim do dia. Um genocídio seletivo (dos mais fracos) anunciado, equivalente à eutanásia. A conduta desses insensatos está bem tipificada no direito penal: no mínimo agem com culpa consciente ou dolo eventual. A culpa consciente é a culpa com previsão, quando a pessoa pratica o fato prevendo a possibilidade de ocorrência de um resultado, mas confia em suas habilidades para que o resultado não ocorra. No dolo eventual, a pessoa não quer diretamente o resultado, mas com sua conduta, assume o risco de produzi-lo. O problema é se o insensato, no fundo, deseja o resultado que aparentemente quer evitar.
Milton Córdova Júnior, Vicente Pires
Acho infantil a pergunta que muitos fazem: “O que vai acontecer quando tudo voltar ao normal?” Simplesmente, não vamos voltar ao normal. A sociedade vai se transformar, e muito. Duvido que o mundo tenha ficado igual depois da tuberculose. O sexo mudou depois da Aids. Essas grandes cicatrizes de saúde vão fazendo a humanidade dar saltos à frente ou para trás. Não acho que a transformação será comum. Acho que a economia poderá se recuperar em um ano ou mais, mas as mudanças de comportamento e de consumo serão duradouras. Por exemplo: as aglomerações públicas serão organizadas de forma diferente. A maneira como a China está controlando a população, captando os dados de cada indivíduo, poderá ser o futuro de todos nós. Se fosse uma empresa, chamaria em algum momento antropólogos, filósofos, cientistas sociais, engenheiros de comportamento para entender o que ocorreu e para que lado rumará a sociedade. Eu, que tive uma revascularização do miocárdio, não quero consumir como antes. Quero viver com menos e em outro padrão. Quero comprar mais saúde, mais conhecimento. Pensarei em minhas atitudes de forma diferente, mais cautelosa. E, com cuidado maior com as previsões do futuro. As pessoas sempre falaram do digital, das redes, mas é a tevê aberta tradicional que está comandando a narrativa deste momento.
Renato Mendes Prestes, Águas Claras
A exoneração de Mandetta e nomeação do oncologista Nelson Teichi acaba com um ciclo e dá início a outro processo. Espera-se que agora seja mantido o trabalho desenvolvido pelo ministro Mandetta em que o médico que o sucederá, nomeado pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, o competente oncologista de São Paulo, Nelson Teich. Não se pode abandonar o isolamento social de forma abrupta especialmente quando os picos de aceleração do coronavírus se intensificarão a partir na semana que vem até junho. Vou citar um exemplo de boa administração serena, calma, tranquila e segura pelo prefeito Evandro Magal, que não é médico, começou na Rádio Pousada nos anos 1980 como radialista e se projetou como um prefeito de garra e luta em prol da qualidade de vida dos moradores da cidade hidrotermal de Goiás. Sem muito alarde, Magal com sua competente secretária de Saúde e chefe da fiscalização epidemológica, a competente dra. Gislaine, construiu um trabalho pautado na disciplina e seriedade do zelo com a saúde pública municipal.O governador Ibaneis Rocha também realizou e realiza excelente trabalho na condução do governo de Brasília, no combate e prevenção do coronavírus, e sugiro ao dr. Ibaneis e prefeito Evandro Magal, quando for flexibilizarem a reabertura do comércio, exigir mediante decreto o uso de máscaras pelos comerciários, comerciantes e clientes ao saírem de suas casas para irem às compras. Essa medida, se posta em prática, salvará milhares de vidas em Caldas Novas e em Brasília.
Simão Szklarowsky, Asa Sul
Corrupção
Em 16 de abril de 2019, encaminhei matéria para a imprensa, e postei no Facebook, comentando a respeito da “pandemia” virulenta de uma doença chamada corrupção, que contamina a classe política e judiciária brasileira, cujos efeitos matou milhares de brasileiros, bem como desfalcou o Tesouro Nacional. Faço questão de reproduzi-la, a fim de que a população saiba que: nada adianta a gritaria e os panelaços, pois eles são surdos, para os anseios do povo: “Para entender a paranoia que acontece dentro do pequeníssimo Tribunal Federal, basta verificar as origens da maioria de seus membros, quem os indicou para os cargos e com quais intenções. As medidas tomadas, pelo atual presidente, vêm a comprovar o fato dele ter sido reprovado nos exames para a magistratura. Há muito, eles vêm transformando o Judiciário brasileiro em um balcão de negociatas; não todos, mas os que calam, acabam sendo manchados pela conivência. O Brasil vem sendo torpedeado por maus políticos, maus magistrados e maus brasileiros. Quando os perdedores, nas eleições, disseram que iriam incendiar o Brasil, sabiam que teriam respaldo da mídia e dos capas pretas. A vara está ficando curta e a onça estava quieta.... Barbas de molho”
Ruy Telles, Sobradinho