Opinião

>> Sr. Redator

Cartas ao Sr. Redator devem ter no máximo 10 linhas e incluir nome e endereço completo, fotocópia de identidade e telefone para contato. E-mail: sredat.df@dabr.com.br

Coronavírus

Ao pegar o Correio Braziliense (6/4), deparei-me com a manchete, atribuída ao governador do DF. “Já vi o Brasil quebrar e se recuperar. O que não se recuperam são vidas”. Que comovente! Lembro-me que em sua campanha política, o senhor disse que possuía R$ 100 milhões e que poderia abrir mão da remuneração do cargo de governador. Com essa fortuna é muito fácil não se importar que o Brasil se quebre, gostaria de saber se o senhor vai pôr comida na mesa de milhões de brasileiros desempregados e famintos. O senhor deve ser mais novo do que eu, não conviveu com a hiperinflação, o governo tendo que usar o denominado “gatilho” para que os salários dos servidores não perdessem tanto o poder de comprar. Máquinas de remarcar preços funcionando o dia todo nos supermercados, o senhor não sabe o que é ter de abrir mão de produtos de primeira necessidade em caixa de supermercado porque o dinheiro não dava para pagar. Não deixe se influenciar por outros governadores irresponsáveis que querem aproveitar a crise para derrubar o presidente. Quem ocupa cargo executivo, como presidente, governador e prefeito, tem que ter visão do todo, e não focar só em um problema por mais grave que seja.  Ao contrário do que o senhor disse, o Brasil não pode quebrar e a recuperação não é tão fácil assim. Temos que ter equilíbrio, o país não pode parar, quem faz parte do grupo de risco que fique em casa, e os demais voltem ao trabalho, obedecendo, naturalmente, as normas de segurança.
José Ferreira Corrêa,
Guará

» A boçalidade dos bolsonaristas tem igual ou maior grau de letalidade que o coronavírus. Uma passeata no sábado e outra, no domingo, para endossar o desejo do Messias foi tão ridícula, quanto a linha de pensamento do grande líder, que mais atrapalha do que ajuda nessa batalha contra a pandemia. O grupo representou com galhardia o segmento atrasado e caótico da sociedade brasileira. Sem consciência cívica e humanitária, os seguidores do Messias são reconhecidos pelo comportamento deplorável, sustentado e incentivado por fake news dos asseclas que compõem o gabinete do ódio. Os bolsonaristas fundamentalistas querem que a população brasileira seja dizimada, sobretudo aqueles seguimentos que são os seus alvo preferencial. Alegar que a paralisação do comércio causará desemprego, não será mais do que os 12 milhões que hoje vivem essa mazela; não será maior do que o número de desalentados; não será nada mais gritante e vergonhoso do que os mais de 5 milhões de crianças que vivem na miséria; não vai piorar a situação dos indigentes sociais. A passeata motorizada é a expressão concreta do desprezo dos messiânicos de extrema direita pelos cidadãos, pela vida de cada brasileiro. Eles são a versão tupiniquim dos nazifascistas. Que Deus tenha piedade desses obscurantistas e de todos nós que não compactuamos com essas ações contra a vida.
» Maria Guadalupe Aroeira,
Lago Norte


>> Que essa crise do coronavírus leve o Brasil e os brasileiros a fazerem uma reflexão do que é ser livre em um país soberano. É imperativo que se elimine o custo elevado de cargos excessivos e mordomias que sufocam o país, que se vê obrigado a manter uma carga insuportável de impostos para custear, encarecendo o que aqui se produz, perdendo competitividade, sugando o salário do trabalhador e, o lucro das empresas. Qual a necessidade de se ter três senadores por estado? Por que 513 deputados? E as residências e carros oficiais? Por que um senador mantém 89 funcionários em seu gabinete, se o senado tem um quadro de milhares de funcionários concursados? E as dezenas de milhares de deputados estaduais e vereadores municipais com centenas de milhares de funcionários à disposição das respetivas casas legislativas? Além de trágico, é vergonhoso ver o Brasil na emergência que se encontra, mendigando para comprar insumos e equipamentos hospitalares que necessita para enfrentar a Covid-19. Fossem outras as realidades brasileiras, talvez os trilhões de dólares que estão em paraísos fiscais e na ciranda financeira estivessem no Brasil, financiando um parque industrial moderno e eficiente, produzindo a baixo custo com competitividade o que precisamos e, sobrando para exportar, gerando empregos qualificados e bem remunerados para milhões de brasileiros e renda para o empresário. Em vez de panelaços contra quem quer que seja, vamos ocupar as ruas e praças deste país, a favor do Brasil.
» Gilvan da Silva Gadelha,
Ceilândia

>> É de uma leviandade e irresponsabilidade, o texto Sem liberdade, sem transparência (2/4, coluna Visto, lido e ouvido). Como disse o cônsul chinês, podemos dizer que a Zika é um vírus brasileiro? Se não têm conhecimentos científicos, se baseia em achismos, para de apontar o dedo e aumentar a inimizade com aquele que é o nosso maior parceiro comercial. Lá , ao contrário daqui, tem um líder que está ajudando o país a se erguer . E aqui? Temos uma criança birrenta que só pensa na eleição e nos empresários hipócritas que o colocaram lá. O trabalhador, que vai para a linha de frente do contágio, que morra, uma vez que há muitos desempregados para substituí-lo. Menos achismo e mais informação correta para o leitor. O jornal não faz parte da luta contra fake news?
» Neide Andrade
Asa Sul

» Tem razão o Álvaro P. S. da Costa ao tecer comentários (4/4, coluna Sr. Redator) sobre as opiniões de Circe Cunha, filha do saudoso Ari Cunha. Recebo o Correio, pontualmente, às 6h. É como vício de tomar o café da manhã, ler a opinião de Circe. De leitura fácil e certeira, impressiona sua lucidez. Se ficar um dia sem ler sua opinião, a leitura do jornal ficará capenga. A primeira coisa que faço é ler Circe Cunha, na coluna Visto, Lido e Ouvido. Vale à pena. Parabéns, Circe
» Rubens Martins,
Lago Norte