Apesar de vozes contrárias à quarentena da população nos altos escalões do governo — o presidente Jair Bolsonaro chegou a fazer um tour no fim de semana pelo Distrito Federal, — os agentes de saúde continuam a recomendar a restrição de circulação de pessoas para que o coronavírus não se propague em grande velocidade. Que vai se espalhar, não resta dúvida. Mas que isso aconteça no maior espaço de tempo possível, para que não haja estrangulamento do sistema de saúde, o que pode obrigar os médicos a escolher quem vive e quem morre, como acontece na Espanha e Itália.
As pessoas que podem permanecer em casa devem fazê-lo, sobretudo para garantir a segurança dos que precisam sair para trabalhar nos serviços essencias, como os profissionais da saúde, segurança pública, limpeza urbana, transporte, abastecimento e na produção das fábricas. O que não pode ser desrespeitado, por quem quer que seja, é a atuação técnica do Ministério da Saúde na linha de frente da luta contra a pandemia.
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Pediu para a população manter as orientações dos estados que decretaram quarentena ou distanciamento social. No momento, esta é a medida mais recomedável, devido as fragilidades existentes no sistema de saúde, às voltas com a possibilidade de colapso de atendimento médico-hospitalar. Os estados, em sua maioria, vêm prorrogando os períodos de isolamento social e os que não têm data para suspendê-lo continuam sem previsão de volta à normalidade. Decisões corretas estão sendo adotadas pelos governantes e a população já compreendeu que o melhor a se fazer é permanecer em casa, quando possível.