Busco, porém, fugir da paranoia, tendo como parceira a música, manifestação cultural que sempre fez parte da minha vida, desde antes de tê-la como matéria-prima para o meu ofício como jornalista.
E o que tenho feito? Releio livros que acumulei ao longo dos anos. Acabei de ler 101 canções, de Nelson Motta, e comecei a reler Verdade tropical, de Caetano Veloso.
No Canal Brasil, por exemplo, assisti a séries como Milton Nascimento e o Clube da Esquina, Amigos, sons e palavras, apresentadas por Gilberto Gil, e Espelhos, comandada por Lázaro Ramos. Ah, sim... Descobri no canal Curta, Imagine, curta-metragem sobre John Lennon, dirigido por Yoko.
Estou atento, também, às medidas tomadas e anunciadas pela TV, por especialistas, sobre o assunto recorrente do vírus, para aplacar essa zica que se espalha mundialmente. E, também, às desastradas declarações e atitudes de um certo governante que vai de encontro às medidas anunciadas pelas autoridades da saúde em todo o mundo.
Volto à janela e vejo o sol brilhando novamente, como se quisesse dizer que, assim como a chuva, tudo vai passar.
E há de passar, pois, embora siga à risca as determinações para me manter em casa até que surjam novas recomendações, tudo o que eu quero é poder voltar a sair às ruas sem o risco de ser contaminado.
Saiba Mais
Quero curtir a sonoridade dos requintados instrumentistas no Clube do Choro; além de participar dos eventos que ocupam nossos espaços urbanos, como as apresentações do Samba Urgente, no centro de Brasília; e dos trios e grupos que agitam o Buraco do Jazz, no Parque da Cidade; ou ainda pequenos shows e recitais, mas de excelente qualidade, no Feitiço Mineiro e no Outro Calaf. Obviamente, também escrever sobre tudo isso, um dos maiores prazeres da minha vida.