Impactos econômicos não podem ser prioridades em relação a nenhuma vida. Não existe disputa entre a vida e a economia. As vidas devem ser preservadas como primeira prioridade, e o governo do Distrito Federal (GDF) tem feito essa condução com maestria, com firmeza e transparência, agindo de forma cirúrgica, com uma conduta irrepreensível e elogiável de seu primeiro gestor, o governador Ibaneis Rocha.
Mas a nossa economia foi abatida, e as empresas já começam a quebrar pela insustentável paralisação das operações. Nossos empregos começam a derreter, com demissões em segmentos cujos impactos foram imediatos, o que desempregou dezenas de milhares de trabalhadores no pior momento possível, com uma economia sem perspectivas de futuro. Famílias estão angustiadas com o futuro e com medo do neófito vírus que pode lhes tirar o bem mais preciso: a vida.
Nossas empresas precisam, neste instante, de injeção de recursos para sobreviverem. Algumas, que têm patrimônio e recursos para uma reestruturação financeira, precisarão de capital de giro para suportar por alguns meses o custo fixo. Com juros subsidiados, já estão sendo disponibilizadas linhas de crédito a serem oferecidas a essas empresas. Passam de R$ 100 bilhões os montantes anunciados. As empresas devem olhar para os custos fixos e renegociar o que for possível, cortando o excedente neste momento de emergência. Mas devem evitar, dentro do possível, a demissão. O custo demissional vai impactar forte e imediatamente nos caixas. Além disso, existe a possibilidade de que seja necessário haver recontratações em pouco tempo, e o governo pode oferecer, neste período de crise, subsídios para suportar o custo de pessoal.
A maioria das nossas empresas não terá acesso ao sistema financeiro. Grande parte dessas heroínas, que tanto sustentaram os empregos e a economia estão, hoje, inviabilizadas e sem condição cadastral de terem acesso ao socorro creditício. Para isso, só temos uma alternativa: a subvenção econômica. A garantia, por parte do governo, de uma renda mínima empresarial, que possa socorrer e sustentar nossos pequenos empreendedores neste momento de crise. O governo federal tem instrumentos para isso. Só ele tem a capacidade de endividamento para suportar essa solução.
Está na hora de a política liberal dar lugar à intervenção do Estado para socorrer os que mais precisam. Estamos falando de milhões de microempreendedores individuais (MEIs) e de micro e pequenas empresas (MPEs) que estão excluídas do sistema financeiro por não terem cadastros viáveis para apreciação dos bancos. Estamos falando de empresas familiares que estão distribuídas em nossas cidades, que fazem o nosso dia a dia e que dão vida à dinâmica cotidiana espalhada pelas regiões administrativas. Essas empresas foram obrigadas a baixar as portas e ficaram impedidas de faturar.
Saiba Mais
Chegou a hora de priorizarmos os pequenos negócios das Regiões Administrativas em nosso consumo. Não podemos deixar os pequenos negócios morrerem. Caso contrário, estaremos destruindo o tecido econômico que nos sustentou e precisará nos sustentar quando tudo isso passar. Essa guerra não tem heróis nem bandidos. Precisamos lutar juntos, com solidariedade, para fortalecer os que serão os atores da reconstrução nacional: nossos pequenos empreendedores.
* Superintende do Sebrae no DF
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