A palavra de ordem que deve prevalecer é o diálogo, tendo sempre em vista a mitigação das danosas consequências da pandemia sobre a população, sobretudo a mais carente. O plano apresentado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, prevê inúmeras medidas, inclusive o fechamento das escolas até o fim de abril – com possibilidade de se prorrogar a suspensão das aulas por mais 30 dias –, o que era criticado por setores do próprio governo, mas que já vem ocorrendo Brasil afora. Também determina a proibição de qualquer evento com aglomeração de pessoas, como shows, cultos religiosos, partidas de futebol, exibição de filmes, teatro e abertura de casas noturnas, o que, na prática, vem acontecendo.
A proposta do governo prevê, ainda, o confinamento, por três meses, dos cidadãos do grupo de risco, maiores de 60 anos e portadores de doenças crônicas, como os cardíacos, diabéticos e com o sistema imunológico fragilizado. O ministro tem insistido na importância de se reduzir a circulação das pessoas e aproveitou para criticar as carreatas a favor do fim do isolamento social que ocorreram, nos últimos dias, em diversos pontos do país. “Daqui a duas, três semanas, os mesmos que falam em sair em carreata serão os mesmos que vão ficar em casa”, vaticinou.
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Elogiado pela maneira como vem conduzindo as ações contra a pandemia, o ministro enfatizou os benefícios do distanciamento social para que não haja aumento explosivo dos casos positivos da Covid-19, o que, fatalmente, estrangularia os sistemas de saúde pública e privado. A expectativa é de que somente em agosto haverá uma queda na disseminação do vírus. Mesmo ciente dos efeitos negativos que a quarentena já está provocando na economia, o governo acerta ao apresentar o Plano de Ação de Quarentena, pois, assim, poderá agir conjuntamente para diminuir, ao máximo, os estragos causados pela expansão do coronavírus.