Opinião

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Coronavírus
Dito popular diz que o castigo vem a galope. Ou, em linguagem menos rude, a justiça tarda, mas não falha. A concretização da sabedoria das pessoas simples chegou ao Palácio do Planalto. Auxiliares diretos do presidente da República fizeram o teste do coronavírus, e o resultado foi positivo. Entre eles, o general Augusto Heleno, Fabio Wajngarten e o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque. Já são 17 integrantes da comitiva que acompanharam Sua Excelência na viagem aos Estados Unidos contaminados pelo vírus que nasceu na China e se disseminou mundo afora. Vale a pergunta: será histeria?
» Paula Gonçalves, Lago Norte

» Psicólogos dizem que, diante de uma situação extrema, o primeiro gesto é de negação. Ao receber o diagnóstico de uma enfermidade fatal, a tendência do paciente é recusar-se a aceitar a realidade. Com o tempo, a ficha cai. O mesmo parece ter ocorrido com o presidente Bolsonaro. Ele insistia em dizer que havia um superdimensionamento dos efeitos do coronavírus. Chegou a desobedecer a ordens médicas, deixar a quarentena e misturar-se aos manifestantes no Eixo Monumental. Foi mau exemplo. Foi de encontro ao esforço do ministro da Saúde que pede aos brasileiros que permaneçam em casa e evitem contatos sociais. Ontem apareceu de máscara. Mudou de ideia?
» Marcelo Castro, Sudoeste

»  O ministro Luiz Henrique Mandetta comoveu a nação ao fazer apelo em prol dos idosos. Frisou a necessidade de proteger pais, avós, tios e demais pessoas que fizeram a sua parte ao criar os filhos e cuidar dos netos. É hora de inverter os papéis. Quem tanto recebeu deve retribuir com um manto de proteção. É a tal via de mão dupla. Dá-se o que se recebeu.
» João Augusto, Noroeste

Bancos
É notório que, em todos os finais de ano, os bancos publicam seus balanços recheados de bilhões de reais em lucros. Vocês viram algum banqueiro fazer queixa sobre essa montanha de dinheiro? Eu não vi. Agora, o ministro da Economia e o presidente do Banco Central fazem o inexplicável. Matéria publicada no jornal de segunda-feira diz que “BB vai ao socorro de bancos e empresas”. Para os aposentados e pensionistas do INSS e demais necessitados, crédito consignado. Recentemente, o próprio Banco Central anunciou o endividamento dessas categorias. Há quem não tenha recursos nem sequer para comprar medicamentos. Ninguém vê isso. Por que os governantes não vêm a público e dizem que vão socorrer os pobres da nação, isentando-os do pagamento a bancos dos empréstimos consignados e equivalentes? Aí, senhores, vocês verão como a economia deslancha porque haverá dinheiro pra gastar.
» José Bonifácio, Cruzeiro

Incoerência
O chefe do Executivo, Jair Bolsonaro, é traspassado por venenosas flechadas por ter ido ao encontro do povo, em ambiente aberto das ruas, cumprimentando um punhado de 30 brasileiros, manifestando-se contra a corrupção. Enquanto isso, os chefes dos outros poderes, Alcolumbre, Maia e Tóffoli, com mais 1.300 convidados da elite, na inauguração da CNN Brasil, se acotovelam, abraçaram e beijaram num ambiente fechado, desobedecendo às diretivas nacionais e internacionais de combate ao coronavírus. Não se está pretendendo justificar o comportamento de Bolsonaro, apenas pondo em evidência a gritante e esdrúxula incoerência.
» Elizio Nilo Caliman, Lago Norte

Ciro
O ex-governador Ciro Gomes afirmou que seu irmão, o quase-homicida Cid Gomes, é um herói e agiu corretamente, em legitima defesa, quando jogou uma retroescavadeira sobre dezenas de pessoas. O assassinato em massa só não se consumou porque Cid Gomes foi contido ao levar dois tiros – estes, sim, em legítima defesa – dos manifestantes atacados. É a técnica da falsa narrativa para desvirtuar a verdade. Antes que o assunto caia no esquecimento, perguntamos: Cid Gomes já está sendo processado por tentativa de homicídio qualificado? Com a palavra, o Ministério Público do Ceará, OAB, etc e tal.
» Milton Córdova Júnior, Vicente Pires