JK e Chateaubriand
O Correio Braziliense, o primeiro jornal da capital do país chega aos seus 60 anos, e tem seu aniversário junto com a nossa cidade. O Correio foi o resultado de uma aposta entre Assis Chateaubriand e Juscelino Kubitschek. Duvidando de que a capital seria entregue em 1960, Chateaubriand disse que, se isso acontecesse, ele criaria aqui um jornal. E assim foi feito. O Correio tem relevante papel de manter o povo informado e fiscalizar o poder. A imprensa é parte integrante de um sistema democrático que ajuda a formar a opinião pública. Embora o jornalismo tenha como principal objeto a notícia, ou seja, a informação nova, quente, dotada de relevância pública, é um equívoco supor que seu papel se resuma, em última instância, ao frio registro dos acontecimentos. Mais correto seria dizer, recorrendo aos célebres versos do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), que “o tempo é sua matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente”. Com essa postura, o jornalismo se torna prefácio da história. E a história, como bem definiu o escritor Miguel de Cervantes no monumental Dom Quixote, é a “mãe” da verdade, “testemunha do passado, exemplo e aviso do presente, advertência para o futuro”. O ano, que ora inicia, se apresentou com sérios problemas a serem resolvidos: o coronavírus, o elevado desemprego, a segurança pública e as reformas tributária e administrativa, entre outros, que podem estar sinalizando um ano ainda mais difícil. Mas sejamos otimistas. O Brasil tem condições de mudar para melhor em 2020. A harmonia entre os Três Poderes é fundamental, a maior arma do ser humano é o diálogo. Ao jornalismo, que mereça esse nome, por meio do Correio Braziliense, uma importante resolução para as demais décadas: continuar a atuar em defesa do Estado democrático de direito e das reformas que podem melhorar a vida dos brasileiros. O Correio se posicionou assim no passado, mantém-se nessa posição no presente e seguirá nela no futuro. É seu compromisso com a história, a “mãe” da verdade, repita-se.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Fubebol
Campeões do Brasileirão e da Copa do Brasil, Flamengo e Athlético se enfrentam hoje no (ainda) Mané Garrincha. Ingresso mais barato a R$ 200, mais R$ 20 pelo estacionamento e sabe-se lá quanto vão cobrar por um lanche ou uma cerveja. Pior de tudo, os torcedores serão “agraciados” com um show de música sertaneja. Estou aqui agradecendo pelo meu Inter não ter ganhado essas competições.
» Marcelo Guedes,
Sudoeste
Prevenção
Essa tal de virose parece, mesmo, ser quase venenosa.../ é como uma ressecada planta quando fica com pouca água. / O apogeu dela é quando ataca em vias respiratórias ou intestinais; / e haja perda de líquidos e vêm maus sinais! / Escrever ou ler em saúde abalada nem sempre é assim coisa boa; / melhor pensar numa caminhada, no parque, em fina garoa! / São enigmas as origens dessas viroses: podem surgir até no ar. / São elas perigosas na guerra contra os anticorpos; e cuide-se já.../ Além das recomendações médicas, é bom lermos mais conteúdos./ A prevenção é a boa medida; a cautela, nossa querida pedida... / Há um duelo constante entre vírus x anticorpos?/ Nosso organismo é sempre tentado, e haja invisíveis em nossos corpos!/ Em atual crise, surgem lembranças de outras crises.../ Quaisquer imunidades alteradas, poderão ser tristes moradas./ Precisamos ser autênticos vencedores, expulsando — logo — tais “bichinhos” Para que não demorem em nossas indisposições e dores!
» Antônio Carlos Sampaio Machado,
Águas Claras
Lula e o papa
A atitude do papa Francisco em receber Lula não significa que ele o apoia. Como Jesus vivia entre os pecadores, o papa acredita que os bons merecem o amor divino e os pecadores precisam dele. E o papa não é comunista por receber um ateu ou falso cristão como Lula. Ele é simplesmente cristão no verdadeiro sentido da palavra. Ele, com certeza, tem a esperança de converter o Lula. Aliás, como chefe de Estado e líder da Igreja Católica, ele recebe qualquer um que agende uma visita, independentemente de sua ideologia ou religião. Jesus veio para curar e salvar os pecadores e como todos somos pecadores, todos são dignos de serem recebidos pelo papa. Sendo assim, para o papa tanto faz receber o Lula quanto a Madre Tereza de Calcutá, dá namesma, pois ele não faz distinção entre as pessoas e acredita que todos podem ser perdoados e salvos. A questão não é o papa receber o Lula. A questão é o Lula se aproveitar da visita ao papa e se utilizar disso para se promover como se o papa só recebesse pessoas puras e inocentes. E isso não é verdade. E apenas mais uma alucinação esquizofrênica de Lula! Acorda, Brasil!
» Sylvana Machado Ribeiro,
Lago Sul