Horror
Fiquei estarrecida com a reportagem sobre o assassinato, a facadas, de uma criança de 2 anos. O horror é ainda maior ao saber que a principal suspeita é mãe. Meu Deus! Que mundo é este? Estamos regredindo, voltado à era da barbárie? A violência se propaga por este país, sem que as autoridades tomem providências para contê-la. O que levaria a mãe a executar de maneira tão cruel a própria filha? Seria um surto psicótico ou o motivo seria fútil, como sugere a reportagem? Hoje, sabe-se que a assistência à saúde mental das pessoas é por demais deficiente. Além disso, há distúrbios que as famílias não percebem ou, se o fazem,não dão a atenção nem tomam as medidas necessárias para que haja um tratamento adequado. Isso não quer dizer que estou culpando os familiares. Mas algo muito sério ocorreu para que a tragédia se consumasse. Estou estarrecida com esse episódio tão dramático e que, embora sejamos estranhos aos familiares, nos coloca igualmente de luto pela morte de uma criança, um ser tão sagrado, tenha sido arrancada da vida tão precocemente e de maneira tão violenta. Que Deus receba a Júlia com muito amor.
Leonora Lima, Núcleo Bandeirante
Servidores públicos
Merece aplausos o artigo A estrutura do Estado e o serviço para o cidadão, da presidente da Associação de Magistrados do Brasil, Renata Gil, que trata com serenidade e sabedoria a importância dos servidores públicos. Nos países desenvolvidos, os estudos mostram que a cada 100 pessoas, 21 são servidoras públicas. O Brasil tem 210 milhões e 12 milhões de servidores, somando os federais, estaduais e municipais. Uma proporção bem abaixo das nações em patamar de desenvolvimento superior ao nosso. Mas para o superministro da Economia, Paulo Guedes, a categoria é “parasita”, que suga as energias do Estado hospedeiro. A reação à ofensa aos servidores não foi à toa e revela a miopia do superministro diante da realidade nacional. Ele desconsidera que os serviços públicos não alcançam todos os cidadãos brasileiros como deveriam. No interior, há deficiências gravíssimas nos campos da saúde e da educação, entre outros serviços públicos, que deixam a população desemparada pela total ausência do Estado. A redução do Estado, como vem sendo ensaiada pela equipe econômica e pelos liberais do Congresso, pode ser um crime gravíssimo contra a sociedade. Vivemos num país com profundas desigualdades sociais e econômicas, mas isso tem pouca importância para os liberais de plantão no poder. Para eles, chega a ser absurdo que pessoas com menos poder aquisitivo consigam poupar e viajar ao exterior. Então, pretendem reduzir o Estado, deixar os brasileiros entregues à própria sorte ou serem submetidos à selvageria da iniciativa privada. Que Deus tenha piedade do nosso Brasil!
Joaquim Gomes Silveira, Taguatinga
Ciclovias
Convido o governador do DF, que tem fama de proativo, juntamente com a sua equipe, pegar uma bicicleta e percorrer a ciclovia entre as Quadras 700 e 900 da Asa Norte. Verá e sentirá os irritantes desníveis, degraus, valetas, rachaduras, terra, entulho e outros obstáculos que impedem a sua confortável utilização. Verá também que na altura do CEUB, por duas quadras inteiras, a ciclovia simplesmente desaparece. Fazendo isso, já terá uma ideia das outras ciclovias, para tomar atitudes efetivas e práticas.
Humberto Pellizzaro, Asa Norte
Sexagenária
O 21 de abril alçará a capital da República a bela idade: 60 anos. O sonho de Dom Bosco foi transmitido a JK e provavelmente outro: o senho de José Bonifácio, o tutor de Dom Pedro II, que antes daquele frade franciscano, advogava a interiorização da capital, como meio de resguardar Dom João VI, príncipe regente, de ataques até de Napoleão Bonaparte e de outros países da Europa ávidos de poder das riquezas do Novo Mundo. Como exemplo cita-se a Invasão do Maranhão pelos franceses e de Pernambuco pelos holandeses. Lembro-me que na escavação dos pilares da rodoviária do Plano Piloto foram encontradas inúmeras pedras de topázio tipo paralelepípedos azuis e verdes, grandes. Juscelino proibiu a extração e mandou guardar sigilo a respeito. Engenheiros da área de mineração sugerem que os setores da Rodoviária, Bancário, Autárquico e Asa Norte quando apresentam rachaduras pode ser em razão da influência desses minerais. O Edifício Vale do Rio Doce, em épocas passadas adernou para o lado em cerca de 200 graus, sendo corrigido por quindastes possantes vindo de São Paulo. Nos 14.400 Km² de Brasília existe muito ouro e pedras preciosas. Os bandeirantes extraíram ouro do Córrego, hoje com essa denominação, e também no lugarejo denominado Urubano, ambos na Região da Fercal, em Sobradinho.
José Lineu de Freitas, Asa Sul