Opinião

>> Sr. Redator

Inveja

Interessante notar que a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos adota medidas restritivas ao presidente Trump! Acontece o mesmo por aqui. Os parlamentares se sentem inúteis, porque tudo que aprovam só tem efeito a longo prazo e não tem um dono. A lei é de todos, ao contrário do Executivo, onde as medidas aprovadas são do presidente. O Congresso inveja o Executivo e por isso atrapalha o governo sempre que pode! Mas não é um mal só dos brasileiros. Agora podemos ver que os parlamentares norte-americanos sofrem do mesmo mal!
» Cauby Pinheiro Junior,
Águas Claras


Tarifa de ônibus

Um aumento de 10% nas tarifas do transporte público é um absurdo. Qual foi a categoria que conseguiu reajuste igual ou superior a esse percentual? Para quem usa e abusa do carro oficial, que nem de longe enfrenta o lamentável e desrespeitoso transporte público brasiliense, o mais importante é atender, de forma subserviente, os interesses dos empresários do setor — a partir do ano que vem, todos passarão a ficar de olho nas eleições de 2022, e um bom patrocínio é sempre bem-vindo. Porém o trabalhador que vive na periferia, que acorda de madrugada e se submete à péssima qualidade do serviço prestado pelas concessionárias, sabe que 10% chega às raias do absurdo, pois o impacto que terá na sua renda mensal será imenso, exigindo um aperto no cinto. Ele está acostumado com um poder público que governa para quem muito tem.
» José Paulo Dias,
Guará II


Desafios


Em seu primeiro ano de governo, o presidente Bolsonaro enfrentou as crises ética e econômica em que mergulhava o país na maior recessão da sua história, tendo conseguido colocar ordem e racionalidade no trato dos interesses nacionais. A queda dos juros e da inflação aos níveis mais baixos da história e a aprovação da reforma da Previdência restabeleceram a confiança no país e, consequentemente, a retomada do crescimento que, neste ano, deverá atingir 2,6%, o mais alto da América Latina e no mesmo nível dos países europeus. Inaugurou um modelo de diálogo com o Congresso, extinguindo a velha e viciada articulação com os partidos políticos, estabelecendo novo padrão de entendimento entre os poderes da República. Em 2020, no seu segundo ano de governo, o presidente terá que enfrentar, entre outros, sete desafios capitais, a fim de consolidar e ampliar os progressos  conquistados: 1) promover a reforma política, com vistas a restabelecer a proporcionalidade da representação política e a redução da quantidade de partidos, pois é impossível governar com 40 arremedos de partidos; 2) recuperar, modernizar e expandir a infraestrutura, visando, inclusive, à criação de vias de escoamento de exportações para China e Ásia; 3) dar sequência às reformas de base, prioritariamente a tributária e a administrativa; 4) promover a desburocratização e a informatização da máquina administrativa, acompanhando a irreversível tendência mundial; 5) concluir o ajuste fiscal; 6) reduzir a pressão da dívida pública, cujo custeio (juros) onera o orçamento fiscal e limita a ação do governo; e 7) reformular o pacto federativo, inclusive reduzir a superestrutura político-administrativa nas três esferas de governo, especialmente na municipal, bem como promover a redistribuição de renda e de responsabilidades entre os entes federados. É o que se espera.
» Cid Lopes,
Lago Sul


Irã


Considerando que o Brasil integra a Organização dos Estados Americanos (OEA), ao lado dos Estados Unidos e outras nações, o governo brasileiro deveria convocar o embaixador do Irã no Brasil, para que ele informe qual a natureza e o objetivo da Força Quds, bem como explicar o que o general Suleimani estava fazendo no Iraque, ao lado do general iraquiano Abu Mahdi al-Muhandis, comandante da Kata’ib Hezbollah (Brigadas do Partido de Deus). Essa brigada é um grupo paramilitar iraquiano apoiado pelo Irã, com forte atuação na Guerra Civil do Iraque e da Síria, tendo lutado contra as forças de ocupação da coalizão na Guerra do Iraque. Como se observa, o Irã tem muita explicação a dar.
» Milton Córdova Júnior,
Vicente Pires


Papa Francisco


Apesar de ser chamado de Santo Padre, o papa também tem seus pecadilhos, como o da perda da paciência. Dizer, porém, que Francisco teria tentado evitar contato com o povo, por problema de higiene, como noticiado por órgão de imprensa, seria acusá-lo de mortal pecado de discriminação, sugerindo que poderia correr o risco de ter maculada sua pureza, simbolizada pela impecável brancura de sua vestimenta.
» Elizio Nilo Caliman,
Lago Norte