Opinião

Sr. Redator

Militares
Pela primeira vez, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência da República, vejo alguém se referir aos vencimentos dos militares! Foi na edição de 3/1 do Correio Brasiliense, na coluna Visto, Lido e Ouvido. E quem faz esses comentários não é um militar, é um civil. Nós, militares, permanecemos calados, não reivindicando coisa alguma, aliás, como o fizemos durante todo o tempo que durou o regime militar, servindo até de chacota para um político de prestígio de antanho, que declarou que nós, militares, éramos incompetentes, pois não aproveitamos aquela ocasião para melhorar os nossos salários. Verdade. Permanecemos disciplinados e cumpridores de ordens, como devemos ser, conforme determinam nossa Constituição e nossos Regulamentos.
Paulo Molina Prates, Asa Norte


Gastos
O governador Ibaneis deixa a desejar quando gasta R$ 2 milhões em festa de réveillon, não corta cargos de confiança e aumenta despesas na Adasa. O GDF diz que economizou 20% no contrato de lixo e varrição. No entanto, os serviços de recolhimento de lixo foram cortados em 50% e a varrição, que era péssima e precária, não existe mais nas quadras 700 da Asa Sul. Que economia é essa? Mas o IPTU não tem desconto mesmo os serviços públicos sendo cortados e diminuídos.
Hélio Santos Silva, Asa Sul


Popularidade
Vários fatores contribuíram para a derrocada do Presidente Bolsonaro nas pesquisas: a) O primeiro foi a nomeação do ex-juiz Sérgio Moro como ministro da Justiça, sob a suspeita de promessa de nomeação aos quadros de magistrados do STF. Com o tempo, essa ideia naufragou. Um milagre não ocorre duas vezes sobre o mesmo tema. O ministro Francisco Rezek pediu exoneração do cargo de ministro daquele tribunal, no governo Collor, em 1990, para assumir o Ministério das Relações Exteriores. Quando observou que tinha caído numa armadilha, e o presidente estava perto do impeachment, recebeu um milagre de Deus e conseguiu retornar ao cargo anterior; b) Os filhos de Bolsonaro no Twitter e sob suspeita da prática de crimes; c) As declarações estapafúrdias, com ataques às universidades, à cultura e à educação; d) O projeto da Previdência, para prejudicar os pobres e sustentar os bilhões do fundo eleitoral e as regalias do Congresso; e) O prestígio temporário de Moro e os dissídios com ele, como no caso do juiz de garantias, e a descaracterização do projeto anticrime; f) A demissão, sem fundamento, de ministros, sem ouvi-los, como no caso de Bebiano e do general Santos Cruz; g) A ruptura com a “deputada metralhadora” Joice Hasselmann; h) A briga com o presidente de ex-partido PSL; i) A debandada de deputados que o apoiavam; j) O ataque ao povo do Nordeste; k) O desinteresse pelo meio ambiente. Tudo faz lembrar o engenheiro Guillotin, que, na Revolução Francesa, fabricou a guilhotina e por ela teve que sofrer pena, com a extração da cabeça do resto do corpo.
José Lineu de Freitas, Asa Sul



Fundo eleitoral
A ampliação da verba do fundo eleitoral é um escândalo. Na prática, é a legalização do desvio de verba pública. Dinheiro público de setores essenciais será destinado a campanhas eleitorais, sem necessidade de se praticar o crime de peculato. E por que isso acontece? A política no nosso país é meio de ganhar dinheiro, muito dinheiro, sem trabalhar. Os partidos são verdadeiras empresas privadas com capital financiado com dinheiro público a custo zero, pago pelo idiota do contribuinte, que se indigna com políticos corruptos, mas não com o Estado gigantesco. O Estado gigante é o que apregoa o capimunismo (partidos de centro e da esquerda). Ou seja, todos os que desejam o Estado grande para roubar ou nele se encostar. Como no atual governo não está fácil roubar, logo o capimunismo inventou esta fórmula, que vem acompanhada pelo orçamento impositivo e, dentro desse contexto, também noticiado pelo Correio, a briga pela liberação de emendas, que vão regar o caixa dos municípios, cuja corrupção, até pela própria capilaridade dos municípios, dificilmente é controlada. E ainda tem setores da imprensa que culpam o governo federal, pasmem, e não o Congresso Nacional, pelo absurdo que se avizinha.
Carlos Frederico, Asa Norte