Neste Natal, busque a paz. No dia a dia, tememos uma terceira guerra mundial, o risco de um maluco lançar uma bomba nuclear ou algo que o valha, as manifestações de ódio que acabam em grandes tragédias. Esquecemos, no entanto, que existe um lugar de paz que deve ser construído solitariamente, com alicerces firmes, erguidos ao longo da vida. Refiro-me a um templo, a uma morada que é eterna: nós mesmos. É dentro da gente que a paz opera milagres. E, talvez, seja essa a mais difícil obra da vida.
Conseguir uma paz interior requer uma sensação de dever cumprido, de decisões tomadas no tempo certo, de desculpas pedidas, de perdões concedidos. Paz requer compromisso com as melhores intenções. Ter paz, muitas vezes, é renunciar às próprias certezas, se adaptar ao que é possível e não só buscar o que é sonhado. Ser paz é não ser feito apenas de expectativas, é amar a realidade da vida tal qual ela se apresenta, é aceitar que não estamos sós por aqui.
Não há um só dia em que eu não trabalhe para ter paz. Busco na minha espiritualidade uma forma de fortalecer corpo e mente, de me tornar um ser humano melhor, de não julgar o outro e compreendê-lo em suas dificuldades. Não faço isso para ser reconhecida pela bondade ou qualquer forma de altruísmo. Faço isso porque persigo permanentemente um estado de serenidade interior que me permita uma vida simples e pacífica, com amor e alegria no dia a dia.
Não há felicidade na guerra; há tristeza apenas. Por isso, desejo a vocês um Natal de luz e o melhor presente que poderiam ganhar é um coração cheio de paz. Livre-se do ódio; solte as amarras da mágoa, distribua abraços sinceros e seja testemunha de uma revolução em sua vida.