Dúvida
Em alguns momentos eu e, com certeza, centenas de milhares de eleitores do presidente Jair Bolsonaro, ficamos a nos perguntar: será que o presidente Bolsonaro vai mesmo terminar o seu mandato? Essa é uma grande preocupação da grande maioria dos brasileiros, sabe por quê? Porque os filhos do presidente quase que diariamente fragilizam o seu mandato. Eles criam polêmicas e divergências entres os assessores mais próximos do presidente e também entre políticos da base aliada do governo. Isso quando eles não publicam nas redes sociais frases polêmicas, que fragilizam o governo do pai na mídia. Se cada um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro que foram eleitos cuidasse do seu mandato e fizesse como a primeira-dama, Michele Bolsonaro, que vem realizando o seu trabalho social com competência e que, sabiamente, não entra em polêmicas, com certeza a maioria dos brasileiros que sonham com um país promissor agradeceriam. O vereador Carlos Bolsonaro é inteligente o bastante para saber que, na Presidência da República, existem profissionais na área da comunicação que são assessores devidamente qualificados para orientar o presidente da República caso ele venha necessitar. Todos nós somos sabedores que foi importante a participação do Carlos e dos outros filhos na campanha do pai até a vitória, mas agora eles têm que saber que não são os filhos do presidente e que são mais uns entre os milhões de brasileiros que votaram no Jair Bolsonaro, por acreditar em suas promessas de campanha eleitoral e que sonham com um Brasil bem melhor para se viver.
; Evanildo Sales Santos,
Gama
Verba indenizatória
O país está numa calmaria. O presidente Bolsonaro fazendo acordos com China, Índia, África e Rússia. Seus filhos, graças a Deus, fecharam as matracas. O que virá por aí diante a falta de acontecimentos importantes para o desenvolvimento do país? As reformas administrativa, tributária e política, além do Pacote Anticrime estão nas pautas da Câmara e do Senado. Porém, os parlamentares não estão nem aí para o povo. É hora de esses desocupados trabalharem e acabarem com as verbas indenizatórias e outros penduricalhos que fazem com que eles cheguem a ganhar até R$ 120 mil direto ou indiretamente. Fica a sugestão.
; Jose Monte Aragão,
Sobradinho
Racismo
Desde os anos 1970, sou leitora assídua do Correio Braziliense e tenho acompanhado com muito interesse a série Histórias de Consciência, que coloca negros e negras no primeiro plano, pela superação do racismo e pelo papel que desempenham no espaço em que vivem em sociedade. São belos exemplos de pessoas que vencem as barreiras impostas à ascensão profissional devido à cor da pele. No entanto, vejo que a iniciativa está associada ao novembro, mês consagrado à Consciência Negra. E no resto do ano? O jornal não cuida de dar ênfase ao tema ao longo do ano, exceto por um fato ou outro policial que vem ao domínio público. Essa ;consciência; tem que ser cotidiana e massiva para quebrar o racismo que divide brancos e negros brasileiros, como se humanos fossem só os de pele clara. Um mês de consciência é muito pouco para reaculturar uma sociedade habituada a naturalizar um comportamento criminoso, cultivado e amalgamado, por mais de quatro séculos.
; Herondina Soares,
Asa Norte
Ameaça
Manter o presidente Bolsonaro com a faixa presidencial e como fachada, mas sob controle, pode se tornar impossível se as investigações aprofundarem as conexões familiares com a corrupção e as milícias. Começa a ficar constrangedor e impossível administrar e justificar esse nebuloso e enigmático imbróglio familiar. Conforme o desenrolar dos fatos, o barulho do ralo pode ameaçar o projeto de poder e a reeleição do capitão reformado. Não há como voltar atrás: os militares foram fundo, estão com vários assentos no governo e se tornaram fiadores do atual governo. Será que seus companheiros das três Forças Armadas resolvem ou contemporizam o problema da família Bolsonaro? O que fazer, então, com o presidente Jair Bolsonaro, este que chega aos 300 dias no comando da nação com a popularidade começando a desidratar? O que era plano de alguns, mantê-lo na Presidência, afinal, ele é o ;mito;, mas sob orientação e controle, pode deixar de ser alternativa viável se as investigações descobrirem mais esqueletos no armário dos Bolsonaro. Conforme a apuração tanto da corrupção quanto do assassinato de Marielle, um impeachment pode ser inevitável, como alguns articulistas apontaram. Mas é traumático demais e muitos tentarão evitar o segundo afastamento de um presidente eleito na sequência, o terceiro desde a redemocratização.Tudo depende do que as investigações vão revelar nos próximos meses. Diante desses morteiros, Bolsonaro, sentiu na nuca o bafo do seu vice Mourão. Afinal, em pouco mais de três décadas, o Brasil teve três vices assumindo o poder, um por morte do titular, os outros dois por impeachment.
; Renato Mendes Prestes
Águas Claras