Pacto federativo
Com enorme dificuldade, concordo com um dos itens do Pacto Federativo, proposto pelo governo: a fusão de municípios pequenos, que não passam de distritos de cidades maiores. Sabe-se que essas microunidades da Federação não têm condições de oferecer serviços adequados ao munícipes. Escolas de péssima qualidade, saúde precária, que as transformam em pátios de ambulâncias para levar os doentes para os centros com mínimo de condições de atendimento, sem infraestrutura, sem saneamento básico e, no fim, um cabide de emprego para cabos eleitorais. Muitas dessas cidadelas são propriedade de famílias que se dizem tradicionais do local, verdadeiros clãs, que mandam e desmandam de acordo com os seus interesses, sem qualquer benefício efetivo para os cidadãos. Mas não basta eliminar municípios. O dinheiro da União, hoje restrito aos gastos do governo federal, tem que ser partilhado entre as cidades e rigorosamente fiscalizado, evitando que sirva a interesses particulares dos administradores (prefeitos e governadores), como tradicionalmente ocorre neste país, e atenda aos interesses e garanta o bem-estar das pessoas. O que se teme é que interesses outros, que não sejam os da cidadania, possam comprometer ainda mais a qualidade de vida das pessoas que vivem no interior e sofrem com o descaso do Estado. É para esse pos-sível desvirtuamento que os cidadãos devem voltar seu olhar e pressionar os parlamentares. A movimentação dos prefeitos é, obviamente, medo de perder a ;boquinha; e seguirem usufruindo do dinheiro do povo.
; Assis Bhenz Mesquita,
Lago Sul
; O governo federal apresentou na terça-feira (5/11) as suas propostas para ajustar as contas públicas ; tanto da União quanto dos estados e municípios. O pacote, chamado pelo governo de Plano mais Brasil, apresentado ao Senado Federal prevê sacrifícios do Executivo, principalmente a parte dos servidores públicos. Assim como eu, centenas de outros eleitores que votaram em Bolsonaro, por acreditar em suas propostas de campanha, que prometeu que no seu governo não faria discriminação entre os poderes, mas não foi que vimos com esse pacote apresentado por ele e sua equipe econômica. Dessa forma gostaríamos de saber, do senhor presidente, o porquê de não estarem incluídos nesse pacote os dois outros poderes, o Judiciário e o Legislativo. Todos nós, brasileiros, temos conhecimento de que o Judiciário e o Legislativo são independentes e imexíveis quando se trata de algum sacrifício para melhorar a economia do país, e são eles os que mais gastam o dinheiro público. Aí fica a pergunta que não quer calar: por que eles ficaram de fora desse pacote se os servidores do Judiciário, do Legislativo, da Polícia Federal e os militares são todos servidores do público?
; Evanildo Sales Santos,
Gama
Luiz Estevão
Impressionante como o ex-senador Luiz Estevão insiste em delinquir e mentir para o Judiciário. Ele não expressa nenhum arrependimento pela falcatrua que cometeu durante a obra do Fórum Trabalhista de São Paulo. Ele é um baita ator do crime. Ensaiou e encenou um chororô para parcelar em 10 anos a multa de R$ 8,2 milhões, como se fosse um empresário à beira da falência. No entanto, mais uma operação da Lava-Jato encontrou em sua casa, no Lago Sul, parte de um acervo de obras de arte avaliado em R$ 65 milhões. É lamentável saber que Brasília elegeu uma pessoas que jamais deveria ter representado o DF no Congresso Nacional. Aliás, não só ele. Tristemente, a capital federal tem um elenco de malfeitores que chegaram aos legislativos federal e local, que bem deveriam estar fazendo companhia ao ex-senador na Papuda.
; Lívia de Paula Martins,
Asa Norte
Racismo
Belíssima a reportagem com a militante Lydia Garcia. Ela é uma referência na luta diária contra o racismo. E faz isso muito bem ao contribuir para a promoção do potencial artístico dos negros na cidade. Aos 82 anos, ela é um exemplo de que o enfrentamento dessa iniquidade não pode parar, até que tenhamos um país em que as pessoas sejam respeitadas, independentemente da cor da pele. A arte é um dos melhores instrumentos para mostrar a todos a profunda violência que o racismo impõe às vítimas. Nem sempre a dor é física, mas emocional, a ponto de comprometer o cotidiano de que foi atingido por tamanha agressão. Aproveito para parabenizar o Correio pela iniciativa de dedicar o mês de novembro a exibir bons exemplos e boas batalhas contra o preconceito de raça/cor.
; Elvira Sampaio,
Águas Claras