Democracia
O senador Randolfe Rodrigues disse que em democracia pode tudo. Será que pode roubar, destruir o país financeira, ética e moralmente como fez essa esquerda asquerosa, à qual o político pertence? Pergunte ao povo, senador. Meu Deus, por que essa gente não faz exame de consciência, renuncia a seus cargos, pede desculpas ao povo brasileiro e vai plantar batatas? Nós ganhamos a eleição. Deixe-nos em paz.
; Jivanil Caetano de Farias,
Águas Claras
Novo pacto
O Pacto Federativo, enviado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Congresso Nacional, denota pela sua amplitude que se trata da confluência da subcultura com o oportunismo. Subcultura é a sensibilidade inconsequente que, querendo o bem, pratica o mal, ou seja, aquele conjunto de boas intenções que pavimentam o inferno. Oportunismo é a tentativa de preservar o que nenhum direitista tem coragem de defender, o capitalismo cartorial. É precisamente na preservação desse sistema de favores, através do qual o Parlamento finge acreditar na possibilidade de o Estado resolver todos os problemas nacionais. Na verdade, poucos são tão tolos a ponto de acreditar que o Estado vá fazer tanto por quem não tem nada. Aquilo em que se acredita, e precisamente aquilo que se deseja manter, é a capacidade do Estado de resolver os problemas de uma elite política, econômica e financeira, utilizando o dinheiro do contribuinte e fazendo de conta que está promovendo o bem público. Nesse embuste, curiosamente, os extremos da direita e da esquerda se tocam, à semelhança da cobra que morde o próprio rabo. Nessa cantilena do ;Estado faz tudo; está sempre embutida a ideia de que tudo o que ele faz destina-se a melhorar a vida dos desfortunados. Fomos um dos últimos países a abolir a escravidão, temos um dos mais perversos perfis de distribuição de renda do mundo, mas a partitura é sempre a mesma. ;Venderei até o último brilhante de minha coroa, mas nenhum nordestino morrerá na seca;, dizia dom Pedro II. A coroa, intacta, está no Museu Imperial de Petrópolis. Os nordestinos da grande seca de 1870 estão no cemitério. Não é de surpreender, portanto, que algumas teses da nossa atual esquerda, sobretudo as que oferecem os caminhos mais curtos para a igualdade social, fascinem padres, artistas e até cientistas. Acontece que lágrima de intelectual não enche barriga de pobre, assim como o vazio da barriga do pobre não estraga férias europeias de intelectual. O Pacto Federativo passou à frente da reforma tributária, que foi adiada para 2020. Do ponto de vista empresarial, salvo melhor juízo, a reforma tributária seria a mais importante neste momento, estaria abrindo a porta para a entrada no mercado de trabalho para os 13 milhões de desempregados.
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Óleo no mar
O óleo-borra foi esparramado; /veio o caos de nome brutal/ A origem é de um chão intrigado.../ muitas coisas estranhas & tal./ Os crimes são profundos e extremos; / nosso litoral nordestino adoeceu gravemente. / Haja solidariedade, e na fé somemos... / só Deus, em tons supremos, mostra o sinal grandemente! / E os irmãos pescadores, vendedores estão no vazio.../ o pescado e outros frutos estão enfermos! / O mangue morreu, foi-se o cio; / é um caos profundo e coisas sem termos. / E até quando iremos ser vítimas?/ Hoje, as identidades dos crimes são obscuras; /órgãos oficiais estão em labutas nítidas; / e o tempo passa: vemos flora e fauna em amarguras.
; Antônio Carlos S. Machado,
Águas Claras
Justiça
Cena 1: a promotora de Justiça Carmen Eliza Bastos (MP/RJ) deixou as investigações relacionadas ao caso Marielle, após repercussões sobre publicações feitas pela própria promotora em redes sociais, em apoio a Bolsonaro. Cena 2: ministros do STF (Toffoli e Lewandowski) fazem cara de paisagem no julgamento sobre a prisão após segunda instância, não se declarando em suspeição, apesar da evidente proximidade com o condenado Lula, o mais ilustre entre os que serão beneficiados (ou prejudicados) com a decisão da Suprema Corte. Convenientemente, os demais ministros fazem de conta que ignoram o assunto. Todavia, estranha-se a omissão seletiva do paladino da ética e da moral, o ilustre ministro Celso de Mello, tão extraordinariamente combativo quando se trata de criticar a conduta de membros dos demais Poderes, mas absolutamente inerte em relação às condutas irregulares de seus companheiros (provavelmente vestais, segundo ele). No Supremo, vale o princípio do ;faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço; ; mesmo em violação à lei, pois eles entendem que estão acima dela.
; Milton Córdova Júnior,
Vicente Pires
Previdência
Mal aprovou a reforma da Previdência, o governo federal, junto com o GDF, anuncia um aumento de quase 40% para os policiais do DF. Devem estar com dinheiro sobrando no caixa! Fico pensando se o voto deles (dos PMs do DF) vale mais que o voto dos outros servidores e trabalhadores! Enquanto isso, o salário mínimo não vai aumentar nem 10 reais! E ainda querem fazer mais reformas para arrochar o trabalhador! Se o cofre federal está cheio, não há motivo para essas reformas que penalizam apenas quem trabalha duro neste país!
; Washington Luiz Souza Costa,
Samambaia