Jornal Correio Braziliense

Opinião

>> Sr. Redator

Terrorismo

Os acontecimentos no Chile têm sido classificados pela imprensa como protestos e manifestações. No entanto, desde o primeiro momento, o que houve foi destruição de estações do metrô, saques a comércios, incêndios de edifícios, agressões e quebra de automóveis com pessoas dentro, distúrbios generalizados. Esses atos não constituem protestos, mas terrorismo. As pessoas que perpetram essas violências são chamadas manifestantes, quando são terroristas. A visão da imprensa tem sido demasiadamente condescendente com o que realmente acontece. Nem o discurso em que o ditador Nicolás Maduro declarou que esses fatos são plano do Foro de São Paulo e que estava indo muito bem, melhor que o idealizado, fez a imprensa considerar a verdade. Aqui, a declaração do senador Humberto Costa, que replicou a revelação do venezuelano dizendo que a hora do Brasil estava chegando e que Bolsonaro está com os dias contados, levou a imprensa a ver que se trata de um plano a ser aplicado a todos os países. Quando ocorrer aqui, ninguém se deixe enganar: não será por causa de demandas sociais, mas por intervenção de forças subversivas internacionais que se disfarçam em defensoras dos pobres, dos direitos humanos, da ecologia, dos índios, dos gays, das mulheres, da democracia e contra a direita ;violenta e injusta;.
; Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul

Silêncio

A Administração Regional do Lago Sul informa que, ao contrário do que afirma a carta, intitulada Silêncio (23/10), não expediu a licença mencionada nem licenciou qualquer evento de inauguração de casa noturna no Lago Sul. Todas as licenças para eventos são concedidas com base nas leis vigentes, entre elas, a Lei n; 4.092, de janeiro de 2008, e o Decreto n; 34.430, de julho de 2012, que dispõem sobre o controle da poluição sonora e os limites máximos de intensidade da emissão de sons e ruídos resultantes de atividades urbanas e rurais do Distrito Federal.
; Kamila Matos,
Assessoria de comunicação

Respeito

Nós chegamos a uma falta de respeito tão grande e descontrolada que, se não aparecer alguém para dar um freio nisso, não sei aonde vamos chegar. Ver, a todo momento, pessoas chamando o presidente da República de vagabundo, moleque e outros adjetivos que a até Deus duvida. Recentemente, vi e ouvi, um deputado federal dizer em alta voz que implodiria o presidente e, que sua excelência era ;vagabundo;. Não acham isso um absurdo? Eu não tenho a menor ideia de onde veio a infeliz ideia de imunidade parlamentar. Não acho justa a falta de respeito com a autoridade máxima da nação, e tudo ficar por isso mesmo. Li, no Correio (23/10), uma pirralha de primeira viagem afirmar que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles ;...não tem um pingo de vergonha na cara;. A afirmação foi de uma representante do povo (Psol). Então, pergunto: você, ao votar, deu essa prerrogativa aos que se dizem nossos representantes do Congresso para o mau uso do vernáculo?
; José Bonifácio,
Cruzeiro

Cassi

A propósito da reportagem ;Cassi, do Banco do Brasil, precisa de R$ 1,4 bi para não quebrar;, divulgada no Blog do Vicente, do Correio (22/10), permito-me contestar a veracidade das informações publicadas com tendenciosa dramaticidade. É verdade que a Cassi enfrenta sérias dificuldades, contudo, trata-se da maior autogestão do país, atende a mais de 700 mil vidas, perdura há 75 anos e é referenciada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como experiência exitosa no Laboratório de Inovação em Atenção Primária na Saúde Suplementar Brasileira e vem honrando todos os seus compromissos com a rede credenciada/referenciada, médicos, hospitais e clínicas. Não é verdade que os associados da Cassi, funcionários do BB da ativa e seus aposentados e pensionistas, resistem em aumentar suas contribuições. Ao contrário, desde 2015, as entidades representativas do funcionalismo enviam propostas de sustentabilidade, todas rejeitadas peremptoriamente pelo patrocinador Banco do Brasil, que age consoante com as determinações do governo. A Cassi existe para proporcionar a seus associados a atenção à saúde, que deveria ser responsabilidade do Estado. No entanto, o Estado sempre se mostrou ineficiente em cumprir a Constituição quanto ao direito à saúde de toda a população consoante o disposto no art. 196. ;A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.; Na falta de ações efetivas do Estado, em 1944, os funcionários do Banco do Brasil criaram a Cassi, que se mostrou fundamental para a interiorização do banco quando foi necessário a presença do BB para incentivar a produção de gêneros alimentícios em uma época de guerra e alimentos escassos. Hoje, o modelo de atenção à saúde no Brasil, a Cassi é associação de ajuda mútua, baseada no princípio de solidariedade, segundo o qual cada participante contribui com base em sua remuneração e utiliza os serviços na medida de suas necessidades, proporcionando a todos tranquilidade no que se refere à saúde.

; Isa Musa de Noronha,
Presidente da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil