Jornal Correio Braziliense

Opinião

>> Sr. Redator

Cartas ao Sr. Redator devem ter no máximo 10 linhas e incluir nome e endereço completo, fotocópia de identidade e telefone para contato. E-mail: sredat.df@dabr.com.br


Jeitinho


No meu entender, a modulação foi a forma que o Supremo Tribunal Federal encontrou para dar aquela calibrada na legislação a favor dos ventos uivantes, como foi declarado, pelo ministro Marco Aurélio Melo ; no famoso jeitinho brasileiro ; a decisão que permite a anulação de sentenças e não atua em favor dos cidadãos mais pobres, mas beneficia apenas tubarões da República, ou seja, os acusados com grande influência. Esses ajustes interessam aos poderosos corruptos que se locupletaram dos recursos públicos desviados, ilicitamente, dos cofres da nação. Conforme a intensidade e sentido dos ventos, vão se alternando os entendimentos, pareceres e decisões que não cabem na cabeça do cidadão comum. O país que tem tudo para dar certo se encontra nessa situação de penúria pela má-gestão e pela roubalheira desenfreada daqueles que são responsáveis por sua condução. Percebe-se o grande esforço do Congresso, com raras exceções, de atuar no sentido de reduzir os riscos de cair nas redes lançadas por aqueles que querem o país passado a limpo.
; Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga



Ciem

Em referência ao artigo Memórias inspiradoras do Ciem (7/10), é sempre importante, principalmente nos tempos atuais, rememorar experiências educacionais vitoriosas, como as que tivemos no Ciem e que nos ensinavamque devemos almejar sempre a liberdade, mas com responsabilidade.
; Felipe Pullen Parente
Asa Sul



; Parabenizo Humberto pelo belo e abrangente artigo Memórias inspiradoras do Ciem (7/10). Senti emoção ao ler e lembrar que pertencemos a isso tudo num momento tão fundamental de nossas vidas! Importante resgatar para a sociedade memórias de realizações como as do nosso Ciem, que com suas contradições foi, sem dúvida, uma experiência fantástica de cidadania e educação!
; Regina Fittipaldi
Lago Sul



Velhos hábitos

A velha fórmula do toma lá dá cá não saiu de voga no governo de Bolsonaro. Para aprovar a reforma da Previdência, entrou em cena a liberação de emendas aos deputados. Mas nem todos os acordos foram cumpridos, daí a derrota do governo, com a derrubada dos vetos, apostos por Bolsonaro na Lei sobre Abuso de Autoridade, que empareda o Judiciário e impõe uma camisa de força às forças-tarefa contra a corrupção. O governo deverá usar a mesma fórmula para ver aprovado o nome do deputado Eduardo Bolsonaro para o cargo de embaixador em Washington, nos Estados Unidos. Até agora, o deputado conquistou só 15 votos no Senado. Sem a aprovação dos senadores, a intenção do presidente de atender ao ardente desejo do filho fará água. Até o momento, a pretensão está no telhado. Notório fritador de hambúrger e amigo do filho do presidente dos Estados Unidos, o deputado acha que esses requisitos são essenciais para ocupar a mais importante embaixada. Trump enfrenta um processo acelerado de impeachment na Câmara, que poderá ser abortado pelo Senado norte-americano, onde os republicanos são maioria. Mas não conseguirá se livrar do desgaste político, que poderá comprometer a sua pretensão de ser reeleito no ano que vem para se manter na Casa Branca. Isso é outro fato político que derrama um balde de gelo no affair entre o clã Bolsonaro e o ídolo ultraconservador Donald Trump, presidente dos EUA. Menos mal para o Brasil.
; Assis Bhenz Mesquita
Lago Sul




Óleo no mar


Os antigos dizem que a língua é o chicote do corpo. Hoje, diante da tragédia na costa do Nordeste brasileiro, com o derramamento de óleo e piche, que vem afetando a fauna marítima e comprometendo o turismo, as organizações não governamentais e as universidades do Nordeste, especialmente, a federal de Pernambuco, têm sido força-tarefa no salvamento de animais, sobretudo, as tartarugas e coletas dos resíduos, ao lado da Petrobras. Não fossem as as ONGs, por demais criticadas e maltratadas pelo capitão, provavelmente, os danos seriam ainda mais dramáticos. A indolência do Ministério do Meio Ambiente é tangível. Até ele sentiu a necessidade de dar um aperto no titular da pasta para que o governo fosse mais ativo no enfrentamento do problema. Na verdade, o Ministério do Meio Ambiente não chega a ser do meio. Ele tem um lado bem definido antimeioambiente. Negar isso seria muita hipocrisia. Resta, agora, identificar quem são os responsáveis pelo acidente e aplicar as sanções previstas na legislação ambiental brasileira, uma das melhores do mundo.
; Maria Guadalupe Aroeira
Lago Norte