Janot
Imagine para quem a República, isto é, o povo, por meio de seus representantes legais, entregou a defesa dos seus direitos por quatro anos! Para um homem que num dia qualquer cogitou assassinar um magistrado e tirar a própria vida. E ele tem a canalhice de o contar com a naturalidade dos mentecaptos, como se estivesse bebendo uma cerveja no bar que costuma frequentar na QI 15 do Lago Sul. Lá naquele bar, que frequento há anos, não há mentecaptos, só pessoas civilizadas que gostam de tomar uma cerveja e respeitam a existência dos semelhantes e aquela que Deus nos deu para glorificá-lo.
; Pedro Rogerio Moreira,
Lago Sul
Agroecologia
Falsear a verdade parece ser uma das marcas do governo federal. Não é que a ministra da Agricultura, no exterior, afirmou que o Brasil não tem vocação para a agricultura orgânica. Em Brasília, temos diversas propriedades rurais que adotaram a agroecologia como opção para a atividade. Muitas delas têm seus produtos nas gôndolas dos supermercados locais. Há muitos anos, os agricultores familiares, responsáveis por mais de 70% dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros, está migrando para um cultivo mais saudável, sem os venenos autorizados pelo Ministério da Agricultura e que impõem uma morte lenta aos brasileiros, por meio dos danos que causam ao organismo. Dizer que o Brasil não tem vocação para a agricultura é querer justificar o imponderável. A diversidade climática do nosso país, a oferta de água e tantos outros fatores deram à agricultura peso insuperável na balança comercial. A nossa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ameaçada pela insensibilidade do atual governo, tem uma produção científica e tecnológica invejável, que dá suporte às empresas estatais de assistência técnica e extensão rural ; às Emater ;, coloborando com os agricultores, principalmente os pequenos, na migração para uma produção de alimentos saudáveis para os brasileiros.
; Benjamim Costa,
Sudoeste
Vôlei
Quero repudiar a postura do técnico da Seleção Feminina Brasileira de Vôlei, José Roberto Guimarães. Durante o jogo, salvo engano, contra a República dos Camarões, ele ultrapassou os lindes da linguagem para desferir palavrões na cara das jogadoras, como se estivesse dirigindo-se à escória da humanidade. É por demais constrangedora e vexatória a situação a que o técnico submete as jogadoras, desrespeitando-as em sua dignidade e condição de atleta da Seleção Feminina de Vôlei, representante do Brasil. As regras técnicas do esporte não devem estar apartadas das regras éticas que cumpre a todos respeitar. E ainda há quem diga que essa postura é ;normal;, em total banalização das normas fundamentais que regem o comportamento humano, referentes ao respeito e à boa educação. Muito pior que ferir a rede com as mãos é ferir o ser humano que veste a camisa de seu país e o defende com coragem, galhardia e honradez, que devem servir de exemplo a nossos filhos e netos que assistem aos jogos, cuja exibição é livre ao público de qualquer faixa etária, a qualquer horário. Eles não estão em frente da televisão para ouvir e aprender a falar palavrões, acreditando que, naquele campo, além do espírito desportista, cabe, e injustamente, a postura antiética e grosseira. Que se ouça a voz de quem pode mais que eu para dar um basta a esse comportamento abusivo e aviltante tanto às jogadoras quanto a todo o povo brasileiro. Eu adoro vôlei, mas desliguei a televisão!
; Eliane Maria de Castro Rocha,
Asa Norte
Corrupção
Parabéns ao Correio Braziliense por conceder ao procurador Deltan Dallagnol a oportunidade, como foi concedida ao ministro Gilmar Mendes, para se expressar em duas páginas completas do jornal. Ministro que grande parte da sociedade brasileira abomina por suas manifestações, atitudes e decisões e que, inclusive ,é injuriado até fora do nosso país. Ninguém em sã consciência deve discordar das verdades expressas pelo procurador. Antes da Lava-Jato, poderosos não iam para a cadeia nem eram investigados ; e, fossem, não eram punidos. Como ele afirmou, ; a regra era ninguém ser punido e nenhum centavo, recuperado;. Os valores recuperados agora são da ordem de bilhões. As leis só alcançavam os fracos, não atingiam os fortes. Esses, com o apoio de fortes bancas de famosos advogados, conseguiam protelar os processos na Justiça até que os envolvidos se livrassem das punições, beneficiados pelas prescrições dos crimes. Dessa forma, o crime compensava e os corruptos seguiam em frente curtindo os benesses que as vultosas quantias surrupiadas da população lhes proporcionavam. Simplesmente revoltante pela ótica do cidadão comum que não consegue compreender tanta injustiça. A Lava-Jato não pode e não deve ser estancada. O país conta e exige sua efetiva atuação. Outras forças-tarefas virão, como ou melhor que a Lava-Jato e, com certeza, terão todo o apoio da sociedade brasileira. O Brasil precisa ser passado a limpo.
; Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga