Bolsonaro na ONU
Não foi surpresa constatar que a grande maioria dos especialistas e comentaristas da mídia nacional não perceberam o alcance e o sentido do pronunciamento do presidente Bolsonaro, na solenidade de abertura da 74; Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU). Não entenderam que era um recado às nações amigas. Quase todos incidiram no mesmo equívoco de focar o discurso sob a ótica do cerimonial diplomático e da controversa questão do aquecimento global. Alguém disse que Bolsonaro foi agressivo e radical. Outros viram posições antiambientalistas. Houve quem achasse que se tratava de um discurso dirigido aos eleitores brasileiros, e não à comunidade internacional. Quase todos não viram um único ponto positivo no pronunciamento. Muitos, não tendo o que censurar, julgaram que o presidente foi grosseiro e agressivo. Enfim, análises equivocadas e simplistas ou de quem não consegue superar o radicalismo ideológico. Ao contrário, o mundo assistiu e os chefes de Estado aplaudiram um pronunciamento vibrante, incisivo, direto, franco, sem rodeios. O presidente Bolsonaro sabia que aquele era o momento mais estratégico para defender a soberania sobre o território brasileiro e a independência de sua gestão. Deixou claro que a questão da preservação da Amazônia brasileira é de alçada exclusiva do povo brasileiro. Enfatizou que o Brasil é autossuficiente para gerir a exploração de suas riquezas e de conduzir os destinos de todos os seus cidadãos, independentemente de sua etnia. Por fim, deixou bem explícito que o Brasil está interessado em manter estreita relação de mútua cooperação com todos os países, mas repudiou as tentativas de ingerência estrangeira nos negócios internos do país ou de internacionalização da Amazônia. Aproveitou para reafirmar o primado da democracia e condenar as ditaduras latino-americanas. Em suma, um pronunciamento à altura de um chefe de Estado.
; Cid Lopes, Lago Sul
Violência
Estamos assistindo, às vezes, comodamente, aos fatos frequentes de crimes horrendos praticados de Norte a Sul. A sociedade brasileira está estarrecida, atônita, sem compreender as razões de tamanha violência. Nos meus humildes conhecimentos e avaliações, avultam-se medidas legislativas ineficazes e ações policiais no combate à criminalidade sem grandes resultados, mas, sim, mortes de inocentes. Um dos pilares da segurança pública com eficácia é o ;serviço de inteligência;. Não se abordam políticas de curto, médio e longo prazos para um problema social gravíssimo. A violência no Brasil é um problema inquietante. Salvo melhor juízo, pode ser classificada de psicossocial. A incidência de pessoas emocionalmente enfermas é impressionante. Muitas estão vivendo sem qualquer perspectiva, sem alegria, fragilizadas em sua autoestima, desmotivadas, diante do selvagem desemprego. Devio à fraqueza psicológica, muitos buscam nas drogas o abrigo para os seus desacertos na vida social ou projetos não concluídos. Tamanha é a gravidade da situação que não há mais paciência na sociedade para se sujeitar a conviver com os altos índices de violência. Estamos, nos parece, num estado de sítio, onde marginais são senhores do espaço e do direito de estabelecer limites, em que os trabalhadores possam circular, trabalhar, estudar, sobreviver, se divertir, enfim. Chega de diagnósticos vazios, sem consistência, sem fundamento! A sociedade não deve acatar com tolerância a violência. Seria admitir, definitiva e passivamente, que não estamos num Estado de direito, fundado em um ordenamento jurídico, mas, sim, num estado paralelo, fundado na força, no terror, no medo. A violência urbana, com meus respeitos, é fruto do descontrole mental dos políticos, não vejo outra razão!
; Renato Mendes Prestes, Águas Claras
; Fala-se muito da violência que tranformou o Rio de Janeiro em Cidade do Terror e Pânico. Mas, guardadas as devidas proporções, Brasília, aos poucos, começa a disputar o pódio com a capital fluminense. O assassinato do padre Casemiro e o aumento do número de feminicídios mostram que a cidade está muito próxima de ser igualmente perigosa para os moradores. Os crimes têm requintes absurdos de crueldade. Recordo-me do assassinato, há pouco mais de um ano, do então revisor do Correio Braziliense, Rubens. Ele terrivelmente executado dentro de um motel no Núcleo Bandeirante, provavelmente por ser homossexual. Passado tanto tempo, a Polícia não conseguiu prender o autor e levá-lo à barra do tribunal para ser julgado e receber a punição de acordo com os rigores da lei. Há alguns meses, soubemos que a cúmplice do inominável assassinato da jovem Maria Cláudia Del;Isola, Adriana de Jesus está trabalhando na Secretaria de Justiça ; um acinte, uma bofetada na cara da sociedade, após o hediondo episódio que ela protagonizou com o então caseiro Bernardino do Espírito Santo. Todos esses autores desse crimes abomináveis não têm recuperação para convívio em sociedade. Não advogo, como muitos, a pena capital, mas, para esses criminosos, a prisão deveria ser perpétua. A chamada progressão de pena é um estímulo às barbáries.
; Benjamim Costa, Sudoeste