Gado e grãos
O rendimento do gado por hectare é menor do que o do arrendamento de lavoura de grãos. Próximo a Brasília, duas grandes empresas pecuárias, que criavam mais de 10 mil cabeças cada uma, encerraram as atividades e substituíram a pastagem por lavoura. Por outro lado, muitas áreas de lavoura e pastagem no cerrado estão cedendo lugar a plantações de madeira de lei (não estou falando de eucalipto, mas, sim, de cedro, mogno, paricá e até seringueira). Quer dizer, este empresário rural, que sabe fazer conta, aproveita o investimento caríssimo na terra cultivada para plantar madeira de lei que o extrativista depredador, tendo-a de graça, está destruindo com fogo para substituir por gado. No mínimo, quem assim age não deve saber fazer conta. Este é um lado do problema, que se só resolve com lei penal, pois burrice não tem solução. O outro problema é a biodiversidade e as reservas minerais. Muito provavelmente esse é o real interesse do ambientalista Sr. Macron e demais europeus de alma colonialista, aí incluindo as suas boazinhas ONGs. Goste-se ou não de Bolsonaro, inicia-se a solução de um problema que ficaria insolúvel em mais alguns anos. Nada como uma crise para que as pessoas mostrem o que verdadeiramente são e pretendem. Mas não tenha dúvida, Macron assim agiu porque tem apoio aqui dentro do Brasil de falsos brasileiros. O tatu sabe aonde faz o buraco.
; Carlos Frederico,
Asa Norte
Falsos heróis
Lamentável a situação atual de nosso país. A cada dia, um desgosto para o cidadão comum que almeja um país justo e com oportunidades para todos. O mais novo foi ter ciência, pela mídia, de que o senhor Aldemir Bendine, um dos condenados pela Operação Lava-Jato, teve sua sentença anulada pelo nosso Supremo Tribunal Federal. Um dos votos a favor foi o do sempre Gilmar Mendes. Dias atrás, eu e, com certeza muitos outros brasileiros, tivemos o supremo desgosto de ler, em entrevista de duas páginas inteiras publicada neste jornal e na primeira página, ao lado de sua figura, a afirmação síntese do ministro Gilmar Mendes: ;Temos que encerrar este ciclo de falsos heróis;. Falsos heróis? Eu, como muitos, tenho a certeza de que graças a esses falsos heróis que a face perversa do sistema corrupto que se estabeleceu nos poderes constituídos da nação brasileira ficou escancarada. Que os intocáveis e poderosos corruptos, que nos prestam um desserviço e nos fazem muito mal, estão sendo identificados, alcançados e punidos em tempo hábil e tendo a oportunidade de conhecer a outra face da moeda, ou seja, o sistema carcerário.
; Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga
Imprevisível
O Brasil segue governado aos trancos e barrancos. Gritos, ameaças, acusações e xingamentos compõem o melancólico e arrastado samba de uma nota só do Palácio do Planalto. A falta de sintonia entre Bolsonaro e auxiliares é evidente, preocupante e estarrecedora. Esclarecimentos e informações desencontradas confundem a opinião pública. Quando desmentem ou recuam, sem a necessária competência, piora o drama. Quem ousa discordar do presidente é fuzilado implacavelmente no paredão dos inimigos da Pátria. Ninguém segura os impulsos e reações grosseiras de Bolsonaro. Serviçais adoram confundir sinceridade com falta de educação. A fumaça das queimadas escurece o bom senso. O fígado vence o cérebro. Manda às favas o diálogo. Que se danem o respeito e a liturgia do cargo. Fica difícil prever qual será o comportamento do presidente, em setembro, na Organização das Nações Unidas (ONU). Um Bolsonaro cordial, atento às mudanças do mundo. Admitindo as evoluções da sociedade. Ou um Bolsonaro retrógrado e intolerante, incapaz de gestos de grandeza que tornem o Brasil merecedor do respeito de outras nações.
; Vicente Limongi Netto
Lago Norte
Amazônia
O presidente Rodrigo Maia, em seu propósito de ajudar o Planalto na nossa Amazônia, sugeriu o uso da verba recuperada pela Petrobras. Lamentavelmente, na oportunidade deve ter olvidado de lembrar as suas excelências do Congresso Nacional que, abdicando dos recursos financeiros do Fundo Partidário e emendas parlamentares, o bolo seria bem maior, e o Brasil, ficaria muito grato. É hora de ajudar o país.
; Carlos Alberto Cavalcanti de Albuquerque,
Asa Norte
Segurança
O assassinato da jovem advogada na última semana poderia ter sido evitado ou pelo menos dificultado se existisse policiamento nas ruas da cidade. Há muito que os policiais sumiram das ruas principalmente nos horários em que a população começa a se deslocar pela manhã ou no fim do dia. E onde estão os policiais mais bem pagos do Brasil? Em seus quartéis, delegacias, repartições, fazendo possivelmente alguma operação tartaruga para aumentar ainda mais os seus gordos vencimentos? Por que, então, não privatizar a área de segurança? Nem que fosse essa da guarda das ruas das cidades, já que os PMs não querem mais fazer este serviço? Por que não criar uma organização social, como foi feito na área da saúde? A verdade é que coronéis e delegados não querem uma solução para a segurança da cidade, querem o comodismo. Até mesmo a unificação das forças de segurança, que poderia disponibilizar mais equipes nas ruas, não avança, não é sequer cogitada pelo governo. Não existe fiscalização externa no trabalho dos policiais. O Tribunal de Contas que fiscaliza com rigor os funcionários civis não se envolve com quartéis e delegacias. Mas deveria cobrar, sim! Deveria, inclusive, estipular um número mínimo que fosse de rondas por dia em cada cidade! Como se vê, falta governo, falta cobrança, isso sem falar nos nossos Deputados! Ah, ia esquecendo, eles têm a própria polícia, que é paga com o dinheiro do povo, é claro!
; Washington Luiz Souza Costa,
Samambaia