Jornal Correio Braziliense

Opinião

Sr. Redator

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Desmatamento

O desmatamento da Amazônia é uma realidade inafastável. Ninguém de sã consciência pode negá-lo. Os estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outros órgãos, inclusive por satélites dos EUA, provam com fotografias essas afirmações. As próprias Forças Armadas têm ciência desse fato. Agora, o senhor presdente querer negá-lo, sob o argumento, segundo o qual quem faz essa exposição põe o Brasil em dificuldade, em vez de atuar para que isso não continue a ocorrer, quer tapar a realidade com uma peneira. Demitir os cientistas porque falam a verdade a esse respeito foge aos conceitos e princípios da razão, da ética, da moralidade e da impessoalidade, exigidos pelo art. 37 da Constituição Federal.
José Lineu de Freitas, Asa Sul


Peixes

Com mais de meio século trabalhando na área de comunicação, tanto em cidades do interior do Brasil, quanto em Brasília há mais de 40 anos, em rádio, televisão e jornais. Assim como em assessorias de comunicação em entidades colegiadas, sempre fui avesso a matérias sensacionalistas, mesmo sabendo serem as que mais chamam a atenção e, consequentemente, as que mais vendem. Sendo o Correio Braziliense o maior difusor das coisas de Brasília, aguardei a edição desta quinta-feira, para só então me manifestar. O governo federal, apoiado por empresas de pesca do norte do Brasil, distribuiu seis toneladas de peixes, em espaço montado na Esplanada dos Ministérios, próximo ao Ministério da Agricultura, para mostrar a potencialidade da pesca em nosso país. Com a colaboração e a expertise do Lyons Clube Internacional, sob a orientação do incansável Figueira. Milhares de pessoas, entre elas eu, que foram ao local para levar um quilo de alimento não perecível, que será entregue a instituições de caridade, e recebiam uma senha, que lhe daria condição de receber uma ;banda; do tambaqui, dentro de uma embalagem, pronto para ser degustado; todo o processo não demorou mais de 15 minutos A banda que recebi foi o almoço meu, de minha esposa e de meu filho, já cinquentão. Será que a não divulgação foi por não ter tido nenhum incidente, ou retaliação por causa de não mais ser necessária a publicação de balancetes?
Ruy Telles, Lago Sul


Previdência

Depois de aprovarem a PEC da Previdência que, não há a menor dúvida, arrebentou com os trabalhadores da iniciativa privada, impondo mais tempo de trabalho e menor benefício aos que terão, se sobreviverem, à aposentadoria, a Câmara dos Deputados está empenhada em aprovar a aposentadoria dos militares. Não há a menor dúvida de que o resultado será a negação da máxima constitucional de que todos são iguais perante a lei. Aliás, o Congresso é uma usina, com funcionamento diuturno, de contradições e negações das leis. Aos militares serão concedidos benefícios inalcançáveis pelos mortais sem farda. É revoltante ver o quanto deputados e senadores trabalham contra os interesses da maioria dos trabalhadores. Pior é ver que um deputado custa, ao bolso do contribuinte brasileiro, mais de R$ 300 mil ao mês, pois além dos R$ 40 mil que cada parlamentar tem de salário, há uma interminável lista de penduricalhos que multiplicam o valor do salário quase 10 vezes. Essa gastança inútil, com certeza, jamais terá fim.
Joaquim Honório, Asa Sul


Corumbá IV

Até hoje, recordo-me das promessas do então governador Joaquim Roriz que defendeu e colocou muito dinheiro na construção da hidrelétrica Corumbá IV. Ele garantia que a obra colocaria um ponto final nos apagões no Distrito Federal e, por 100 anos, não deixaria faltar uma gota d;água na capital da República. O tempo mostrou que Roriz fez propaganda enganosa. Há pouco tempo, tivemos um racionamento rigoroso. Os apagões, hoje menos, ainda ocorrem. O custo de trazer água poluída para o DF terá um custo tão grande, senão maior, do que o da hidrelétrica. Os atrasos, como os divulgados pelo Correio, na reportagem ;Solução para abastecimento, Corumbá apresenta atrasos; (9/8, pág. 21), não são novidade. Aliás, os atrasos fazem parte da estratégia de todas as grandes obras públicas, pois são a garantia de que haverá mais aditivos ao contrato original e ajustes nos valores contratados ; de aditivo em aditivo, muita gente sai ganhando.
Ernesto Bezerra, Asa Sul