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Opinião

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Jackson do Pandeiro

Este ano marca o centenário de um dos maiores músicos do Brasil, Jackson do Pandeiro, o Rei do Ritmo. Com isso, 2019 promete ser de muitas homenagens ao artista, que nasceu em Alagoa Grande, em 31 de agosto de 1919. Jackson do Pandeiro chegou a gravar mais de 500 músicas durante a sua carreira. José Gomes da Silva, nome de batismo de Jackson do Pandeiro, foi cantor e compositor de forró. Por sua forma única de dividir as frases musicais e a genialidade no domínio do pandeiro, ele ganhou o apelido de Rei do Ritmo. Foi com a gravação de grandes sucessos, como Forró em Limoeiro, Comadre Sebastiana e outros, que ele conquistou êxito no cenário musical brasileiro.
; Derneval José de Souza,
Asa Norte

João de Deus

Ainda que se dizendo convicta da inocência de João de Deus, a equipe de nove advogados que o defendia renunciou, sem explicar as razões, aduzindo motivos técnicos. Para bom entendedor, não há necessidade de explicações. Desde que seus bens foram declarados indisponíveis pela Justiça, acabou o filão que garantia a régia compensação, objetivo fundamental de qualquer advogado que se prese, colocando em segundo lugar o interesse do cliente.
; Elizio Nilo Caliman,
Lago Norte

Precedente

A OAB solicitou à 10.; Vara Criminal Federal que o material criminosamente interceptado não seja destruído, afirmando que a sua integridade é importante como garantia do ;exercício de defesa;. Onde há mesma razão, há mesma disposição: se for aberta a caixa de Pandora, ou seja, se for admitida a possibilidade de se valer em juízo de material obtido criminosamente, abre-se sólido e razoável precedente para também interceptar conversas travadas entre advogados e seus clientes, obtendo-se provas de crimes e, não raras vezes, de conluios entre criminosos e advogados.
; Milton Córdova Júnior,
Vicente Pires

Vampiros

Estamos vivendo numa época de inversão dos valores morais e éticos, seja em qualquer nível da sociedade. A ferramenta internet, por meio das redes sociais, tem fragmentado e disseminado determinadas atitudes, relatos e posicionamentos, tanto para o bem quanto para o mal quando postados. Obviamente, a inserção de atitudes positivas elevam nossa autoestima, enobrece o perfil do indivíduo, sedimenta o respeito, a ética e a boa relação no âmbito da sociedade. Em contrapartida, as negativas têm o propósito de depreciar e manchar a reputação das pessoas, fazendo com que ela se sinta coagida, constrangida e pressionada, além do que pode suportar, principalmente se tiver um temperamento sensível e frágil. Nenhuma atitude nefasta por conta de um furor, uma ira que possa impulsionar uma relação desagregadora, um ambiente turbulento e desagradável, jamais terão a capacidade de mudar e alterar o cenário da verdade e da transparência de determinados fatos, ocasionados por uma opinião ou relato divergente, bem como uma postura mal interpretada, criada por esses vampiros emocionais das redes sociais.
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras

Diplomacia

Elogios de Trump ao ex-escrivão da Polícia Federal Eduardo Bolsonaro, aspirante ao cargo de embaixador nos Estados Unidos, não interferirão nos votos dos senadores, nem na sabatina nem no plenário do Senado. A maioria esmagadora dos senadores tem consciência de que o deputado e fritador de hambúrguer não tem lastro nem formação intelectual suficientes para exercer a função. O Senado não é e nunca foi carimbador das decisões extravagantes do Executivo. Os senadores, por sua vez, têm compostura. Não pretendem servir de pasto para saciar o apetite de sandices do Chefe da Nação.
; Vicente Limongi Netto,
Lago Norte

Racha

O Estado brasileiro que, historicamente, nunca foi um aliado dos interesses e direitos dos cidadãos, está cada vez mais embrutecido no atual governo. A forma deselegante com a qual o presidente Jair Bolsonaro trata as pessoas se refere a episódios sangrentos e dolorosos da história recente ; o ataque ao presidente da OAB é um bom exemplo ;, a frieza com a qual comentou a chacina na penitenciária do Pará, mostram o primitivismo da sua personalidade. Ele avisa à sociedade, por meio da imprensa, que não pretende mudar. Seguirá agradando a parcela da extrema-direita do país. Na verdade, ele revela para quem está governando e contradizendo o juramento que fez tanto no ato da diplomação, no Supremo Tribunal Federal, quanto no recebimento do cargo, no Congresso Nacional. Em ambas as ocasiões, jurou governar para todos os brasileiros. Mentiu. Hoje, ele governa apenas para aqueles que adotaram o discurso de ódio, a xenofobia, a homofobia, o racismo e preconceito e outros sentimentos negativos que incitam a violência. Nessa parcela da população, estão os banqueiros, os escravagistas, os matadores de aluguel, que sempre serviram aos latifundiários (leia-se agrobusiness), eliminando índios, trabalhadores rurais, ambientalistas, líderes sindicais rurais e nunca pouparam sequer religiosos que atuavam ao lado dos mais carentes. O presidente mantém o país dividido. Como na campanha eleitoral de 2018, alimenta o racha com o seu discurso de ódio.
; Joaquim Honório,
Asa Sul