Sr. Redator
Opinião

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Reforma tributária
Em 21 de abril de cada ano, temos o feriado de Tiradentes, um dos Inconfidentes Mineiros que liderou o movimento dos 20% da remessa de tributos para Portugal, conhecido como ;quinto;, a tributação sobre a riqueza produzida em terras brasileiras. Passados 229 anos, o Brasil continua sob enorme carga tributária e um emaranhando de burocracia para se apurar os tributos e contribuições a serem recolhidas pelos contribuintes. Passam-se os anos e governos e tudo continua, sem a tão sonhada reforma tributária. Com a reforma da Previdência em estágio avançado de votação, chegou a hora de o governo encontrar uma alternativa melhor para não pesar tanto no bolso do cidadão, afinal de contas, o trabalhador é quem leva a pior. O Brasil tributa hoje cerca de 34% sobre o Produto Interno Bruto (PIB,) e a sociedade, especialmente os contribuintes pessoas físicas, denota estar conformada com a situação, não se levantando numa luta contra a Corte de Brasília. Quem cala consente! O Brasil vive um momento apropriado para se fazer uma verdadeira reforma tributária. O governo ainda não se deu conta da oportunidade única que se apresenta, pois cunhou um projeto de reforma tributária, PEC 45/19, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), em tramitação no Congresso e aprovada na CCJ, que não passa de um simples ajuste, longe de ser a reforma de que precisamos. É necessário e premente acabar com a espiral criada pelo Sistema Tributário Nacional que provoca constante crescimento, ano a ano, e não há reação da sociedade capaz de estancar a sangria provocada pelo setor privado, especialmente extorquindo os contribuintes do IR pessoa física.
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras


Injustiça
Respaldado em mais de oito décadas vividas, sempre distanciado do enfadonho viés ideológico, creio ter alcançado maturidade para refletir sobre nosso injustiçado país, esfrangalhado por gestores ineptos, oportunistas, demagógicos, inconsequentes etc. As privatizações são sempre justificadas por experiências exitosas externas e são entregues a preço de banana a empresas estrangeiras. Não sou xenófobo, mas ninguém me convence que não somos capazes de prosperar às nossas custas, sem as gadanhas dos gringos. Somos retardados e incompetente para evoluir sem que fiquemos sujeitos a uma insidiosa colonização branca. Não possuímos gestores competentes ; os estrangeiros são sempre melhores e preocupados com nosso desenvolvimento. Balela! E o povo sem garra para reagir. Há pouco, quase perdemos o açaí para o Japão. Logo, logo, mãos insidiosas vão apalpar a caipirinha, o pão de queijo, a feijoada, o acarajé e ainda agradeceremos orgulhosos,
; Renato Vivacqua,
Asa Norte


Mais perdas
Do jeito que vão as coisas, o presidente Jair Bolsonaro deve imaginar que a vida do trabalhador no setor privado é maravilhosa. Tão ou melhor que a dos parlamentares que nada fazem pelo país, exceto tramar golpes contra os cofres públicos, ou suprimir direitos para atender aos caprichos dos reacionários. Agora, o presidente, alinhado com o atraso, pensa em reduzir ou, se possível, livrar os empresários da multa de 40% sobre o saldo do fundo do FGTS em caso de demissão sem justa causa. A reforma trabalhista destruiu muitos direitos dos trabalhadores. A prometida redução do desemprego não aconteceu. No ritmo de perdas sucessivas, não será surpresa se o presidente, que não acredita em fatos históricos documentados nem em dados científicos, revogar a Lei Áurea e tornar legal volta do trabalho forçado para atender o seu eleitorado do atraso, que clamava pelo retorno da ditadura. Os trabalhadores precisam acordar e voltar às ruas contra o avanço do processo de opressão em curso.
; Marco Antônio de Assis,
Águas Claras


Violência
É de estarrecer o fato ocorrido no domingo, no jogo Inter x Grêmio: a agressão de uma mulher (torcedora do Inter) a outra mulher (torcedora do Grêmio), que estava acompanhada de uma criança, seu filho. O fato foi amplamente noticiado pela imprensa e as imagens em vídeo divulgadas mostram o menor chorando, aterrorizado pela cena que vivenciara. Percebe-se a tentativa desesperada do menino em defender a mãe e, do outro lado, a agressora desequilibrada e violenta, demonstrando todo o seu desprezo e irresponsabilidade em relação à presença de uma criança. O ocorrido não deve se cingir só a mais uma agressão entre torcedores adultos, mas a deliberada agressão a uma criança, ainda que indiretamente. A agressora colocou em risco a segurança física e psíquica da criança, violando o art. 227 da Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Cabe ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar gaúchos a tomada de providências inerentes ao caso (defesa dos direitos dos menores), no sentido de processar a agressora e seus acompanhantes, não medindo esforços para a aplicação das devidas sanções penais.
; Milton Córdova Júnior,
Vicente Pires