Jornal Correio Braziliense

Opinião

Visto, lido e ouvido

Novo Enem

Criado em 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) serviu, num primeiro momento, como ferramenta de avaliação da qualidade dessa etapa escolar para a elaboração de políticas públicas que tornassem possível a modernização do modelo tradicional, pela introdução paulatina de mudanças nos currículos escolares, de modo a torná-los mais atraente para os alunos, contribuindo, assim, para evitar a grande evasão escolar que ocorria nessa fase.

Para atrair mais a atenção para a importância desse exame em todo o território nacional, a prova passou a servir também para facultar o ingresso nas universidades públicas, em substituição ao vestibular. Posteriormente o exame permitiu, aos alunos com boas notas, a aquisição de bolsa de estudo para ingresso em faculdades particulares, dentro do chamado (ProUni). Graças a essas e outras mudanças, o Enem se tornaria o maior certame de avaliação do país e o segundo do mundo em número de participantes. Não é por outra razão que o Enem é, hoje, uma das mais disputadas provas de avaliação, com uma média aproximada de mais de seis milhões candidatos a cada edição.

No Distrito Federal, os inscritos neste ano chegam a quase 96 mil, o que representa cerca de 2% dos que farão a prova em todo o país. De acordo com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela elaboração das provas, a maioria dos inscritos este ano na capital federal são mulheres, predominando pretos e pardos, com idade entre 17 e 19 anos. Esse tem sido, ao longo dos anos, o teste, por excelência, que abre as portas para o acesso aos cursos universitários para as classes de menor renda do país.

Como todo sistema de avaliação, o Enem, necessita se reciclar e modernizar-se a cada período, de modo a garantir sempre a adesão de milhões de jovens brasileiros e sua integração em todos os cursos do ensino superior, acabando com privilégios, anteriormente dominado apenas pelas classes mais ricas do país.

Dessa forma, o Inep estuda a aplicação do Enem na versão digital a partir de 2020. No primeiro momento, ocorrerá em modelo-piloto, sendo progressivamente estendido até 2026, quando o exame se tornará, então, totalmente realizado de modo digital.

Para os coordenadores da prova o futuro do Enem, é se converter num exame digital, acompanhando a evolução tecnológica que ocorre no Brasil e no restante do mundo. Com isso, segundo os especialistas será possível a realização de provas em várias datas ao longo do ano, por agendamento. Haverá inda uma economia de mais de R$ 500 milhões, gastos com a impressão das provas, o que equivale a um ganho enorme para o meio ambiente. Por esse modelo, também será possível a utilização de novos tipos de questões, com vídeos, infográficos e outros recursos permitidos pela tecnologia. A nova modalidade digital possibilitará ainda que o exame seja aplicado em mais municípios do país, aproximando e agregando mais inscritos.

Em 2020, o Distrito Federal fará parte da experiência com a aplicação das provas do Enem no modelo-piloto. Trata-se de grande avanço que pode, inclusive, reduzir muito as possibilidades de vazamentos de questões, tornando o sistema de avaliação mais rápido e seguro.



A frase que não foi pronunciada

;Meu voto é de consciência, não é vendido;

Deputada Tábata Amaral



Dica
; Uma solução interessante de painel eletrônico para a Câmara Legislativa seria publicar ,diretamente, no portal da CLDF, o registro de presença e voto dos deputados. O voto e presença seriam por biometria. Outras casas legislativas já adotam esse procedimento.

Surpresa
; Quem se aventurar às Olimpíadas e Paralimpíadas 2020 estará perto do que há de mais avançado em tecnologia no mundo. Os japoneses estão preparando os tradutores simultâneos e os transportes mais modernos para os deslocamentos pelas arenas. Todas as novidades estão fechadas a sete chaves. O que está divulgado é a certeza de que os visitantes serão surpreendidos.

Divulgação
; Em parceria com o Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), o #InstitutoIlluminante promoverá a palestra Os Impactos da Lei Geral de Proteção de Dados ; LGPD na Sociedade Brasileira, a ser proferida pelo dr. Adriano Mendes, especialista em direito digital e expert no tema. O evento será em 6 de agosto. Veja mais detalhes no Blog do Ari Cunha. A LGPD, sancionada recentemente, entrará em vigor em agosto de 2020. A lei atinge diretamente todas as empresas e instituições públicas e privadas, sujeitando-as a multas milionárias e, eventualmente, à suspensão de suas atividades.



História de Brasília

Dizer que uma equipe não possui ética profissional é um falso que se levanta, e que sérios danos poderá causar ao Congresso como fonte de opinião. (Publicado em 25/11/1961)