Fincado no tripé da sustentabilidade, o setor de árvores plantadas com fins industriais gera benefícios sociais, ambientais e econômicos. Geramos oportunidades para cerca de 3,8 milhões de pessoas direta e indiretamente no Brasil e produtos fundamentais para o dia a dia do brasileiro. Respondemos por um PIB setorial de R$ 86,6 bilhões e um saldo extremamente positivo na balança comercial de US$ 11,4 bilhões. Somos o maior exportador de celulose do mundo.
Agora, temos mais um motivo para comemorar. O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento publicou, no Diário Oficial da União, o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas, previsto no Decreto 8.375, de 11/12/2014, que estabelece os princípios e os objetivos da Política Agrícola para Florestas Plantadas.
O plano, conhecido como PlantarFlorestas, é um marco setorial que busca implementar mecanismos para a promoção da competitividade e do aumento do consumo doméstico de produtos oriundos de árvores cultivadas para fins industriais. A aprovação do plano será essencial para nortear, dentro do governo, as ações para endereçar desafios e fortalecer o locus do setor de florestas plantadas.
O projeto prevê a ampliação da base de dados e informações estratégicas sobre florestas plantadas, desburocratização dos processos de concessão de licenças ambientais, incentivo a pesquisa e inovação do setor florestal, fortalecimento do sistema de defesa sanitária, promoção comercial e ampliação da comunicação setorial.
Resultado do trabalho conjunto coordenado pela Embrapa Florestas e do Grupo de Trabalho que contou com a participação da sociedade civil, da academia, do governo e de diferentes entidades, entre elas, a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de florestas plantadas, o PlantarFlorestas é mais uma construção feita por um longo diálogo, processo já habitual para as principais empresas de árvores plantadas.
É uma grande conquista, com o reconhecimento do governo federal da importância desse segmento, que tem potencial de ser uma ferramenta fundamental para o atingimento das metas de redução de gases de efeito estufa e mitigação das mudanças climáticas. Além disso, o marco legal será uma importante ferramenta para garantir segurança jurídica no que tange o uso da terra.
O documento traz também o diagnóstico do setor, analisa os gargalos e as oportunidades e propõe 72 ações indicativas que deverão ser implementadas a curto, médio e longo prazo. O plano estabelece metas desafiadoras, como ampliar em mais de 2 milhões de hectares a área de cultivos comerciais até 2030, aumento de 20% sobre a área atual.
A aprovação do plano demonstra a importância do setor para a economia do país e o reconhecimento do governo de antigas demandas que impactam pequenos e grandes produtores florestais. No entanto, esse é o primeiro passo, pois será necessário focar, agora, na implementação que ficará sob a responsabilidade da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas (CSFP) do MAPA, um importante fórum representativo do setor junto ao governo.
Além de participar ativamente nas discussões, a Ibá continuará trabalhando para a implementação do plano por meio da participação do grupo de trabalho. Além disso, das 72 ações indicativas, 24 delas já estão em andamento pelas diferentes áreas da associação que contribuirá diretamente para o processo.
O PlantarFlorestas é um marco que contribuirá não apenas para o desenvolvimento econômico do setor e a criação de empregos, mas também para o alcance de compromissos nacionais acordados no âmbito internacional, como a redução de gases de efeito estufa e mitigação das mudanças climáticas previstas no Acordo de Paris.