Moro
Vi muitos comentários de que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, saiu maior do que entrou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Não é a minha opinião. Moro não deveria estar nesse depoimento. Só foi prestar contas aos senadores porque há sérias suspeitas contra ele. Temos que parar com essa mania inaceitável dos brasileiros de criarem mitos, heróis. Isso não existe, só provoca cegueira. Moro, sim, justificou vários pontos dos diálogos com o procurador Deltan Dallagnol, que foram vazados, mas ainda há muito a ser esclarecido. É cedo demais para dizer que a crise que envolve o ministro foi embora. Moro não é o santo que muitos pregam.
; Luiz Carlos Santos,
Taguatinga
Bolsonaro
O governo de Jair Bolsonaro está prestes a completar seis meses, e ele já está pensando na reeleição. Logo ele que disse, durante a campanha, afirmou que só faria um mandato, e que seria um governante diferente dos anteriores. Nada como o tempo ; e não precisa ser muito. Bolsonaro já está com todos os vícios de seus antecessores e com a cabeça em 2022. Pior, ele está vendendo a imagem de que foi o escolhido de Deus para comandar o Brasil. Esse messianismo é assustador, sobretudo porque parte da população compra esse discurso como se fosse uma verdade absoluta. Não podemos esquecer que metade da população adulta do país sequer concluiu o ensino fundamental. É uma massa de manipulação para políticos populistas.
; Sílvia Santos,
Águas Claras
Previdência
O governo alardeia que é o responsável pela reforma da Previdência, mas o projeto preparado pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, só está andando graças ao Congresso. Não fosse o empenho de um grupo de parlamentares, que tem a exata noção da importância do ajuste no sistema de aposentadorias e pensões, nada teria andado. O presidente da República, que deveria ser o principal garoto-propaganda de reforma, faz questão de ressaltar, sempre que pode, que não é a favor das mudanças no regime previdenciário. Ora, como a população vai comprar a ideia da importância da reforma se o chefe do Executivo diz que não concorda com ela? Para o bem do país, o Congresso está fazendo o que o governo não faz.
; Samuel Felipe,
Ceilândia
Ibaneis
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, deveria dar uma olhada de perto na qualidade das obras que vêm sendo executadas em seu governo. Certamente, vai concordar com os cidadãos de que tudo é de péssima qualidade. Além de o material usado ser ruim, o acabamento é desastroso. Pelo visto, não há nenhuma orientação para que os serviços sejam bem realizados. A percepção geral é de que prevalece o descaso com o dinheiro dos contribuintes. Fica a pergunta: cadê o discurso da eficiência que Ibaneis tanto vendeu durante a campanha? A sensação que temos é de que continuaremos largados à própria sorte. Veremos a repetição dos filmes de horror protagonizados pelos governos anteriores. Brasília não merece isso.
; Celina Quadros,
Asa Norte
Gasolina
Os consumidores realmente estão abandonados. Um dia depois de boa parte dos postos reduzir os preços da gasolina para menos de R$ 4 o litro, uma leva de estabelecimentos aumentou o valor do combustível nas bombas em mais de R$ 0,50. Isso, da noite para o dia, sem qualquer justificativa técnica. Os donos de postos estão livres, leves e soltos para fazer o que quiserem com os consumidores. A Agência Nacional de Petróleo (ANP), que deveria fiscalizar esse mercado, não faz nada. Em Brasília, tempos atrás, uma operação do Ministério Público desbaratou uma quadrilha de empresários que combinavam preços e surrupiavam mais de R$ 1 bilhão por ano dos motoristas. Acreditávamos que a bandalheira tinha acabado. Mas, pelo visto, tudo continua na mesma, com os consumidores sendo feitos de bobos.
; Fernando Silveira,
Asa Sul