Jornal Correio Braziliense

Opinião

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

Por um Estado mais em conta

Para o cidadão-contribuinte, aquele sobre o qual recaem as contas para a manutenção do Estado, interessa, sobretudo e necessariamente, que o custo/benefício entre os impostos e o retorno em serviços básicos seja o mais equilibrado possível. Por equilíbrio, entenda-se exatamente que, ao cidadão, importa ter de volta, e na mesma medida, o que pagou. Fossem usados os mesmos critérios legais presentes no Código do Consumidor, a relação entre cidadão e Estado, no ;equilíbrio das partes;, com certeza estaria sendo discutida nos bancos da Justiça, com a balança pendendo a favor do primeiro.

Nessa relação, desigual em sua origem, cabem, contudo, ajustes que poderiam minimizar as perdas de lado a lado, sem prejuízos para ninguém. No caso específico de Brasília, uma cidade que é reconhecida pelo alto custo de vida, um modelo de gestão administrativa enxuto e racional pode, sem perda na qualidade dos serviços, aliviar o bolso do contribuinte, proporcionando, assim, o estabelecimento de um Estado mais em conta.

A partir da emancipação política do DF, propiciada pela Constituição de 1988, os valores pagos em impostos, dos mais variados, caminharam numa relação inversamente proporcional. Enquanto impostos, taxas e contribuições subiam vertiginosamente na escala, a prestação de serviços como segurança, saúde e educação descia ladeira abaixo.

É consenso entre os economistas que os país enfrenta grandes dificuldades econômicas, atingindo também os habitantes da capital. Diante dessa realidade, melhor para o novo governo da capital seria conter a tendência a um Estado perdulário, assediado por políticos sedentos, em favor da maioria da população, que sonha apenas com uma cidade que caiba no bolso.




A frase que foi pronunciada
;Um dia eu fui trotskista e um dia eu rompi com o trotskismo e com o marxismo, por imaginar, ou, por chegar à conclusão de que o marxismo se acredita dono do futuro. E a crença de que você tem a chave da história, de que você sabe o que vai acontecer e o que deve acontecer no futuro é uma crença fundamentalmente totalitária. Porque se você sabe, e os outros não, para onde se dirige a humanidade, então você tem a justificativa pra calar os outros.;

Demétrio Magnoli, jornalista e geógrafo




Tormento
; Quantas vezes os consumidores brasileiros são surpreendidos pelo toque do celular e, do outro lado, telemarketing ou robôs vendem produtos, insistem em novos pacotes. Muito desagradável e as reclamações não surtem efeitos. Isso começa a mudar pelo mundo.


Apoio
; Nenhuma agência do governo protege ligações de marketing contra os consumidores. Pelo contrário, o governo dá os passos para que os consumidores se protejam. Desligar o telefone imediatamente, não tocar em nenhum número durante a gravação e compartilhar a experiência com o portal do Escritório de Proteção ao Consumidor (FTC). A gravação do áudio é feita por Kati Daffan e isso acontece nos Estados Unidos.


A vingança
; Mesmo com esse apoio, parece que as empresas de telemarketing ultrapassam todos os limites, inclusive das leis. Está a caminho dos consumidores mundiais um contra-robô. Uma nova máquina que responde às insistentes perguntas: Jolly Roger Telephone. Veja no Blog do Ari Cunha, como a máquina faz o atendimento por você para terror dos atendentes!




História de Brasília
Como não podia deixar de ser, quem planejou não pensou na extensão da plataforma, e pôs alto-falantes somente para os que estavam próximos ao palanque. (Publicado em 23/11/1961)