Avianca
Em vez de cobrar que a Avianca só disponibilize voos que possam efetivamente cumprir, a ANAC proíbe a companhia aérea em recuperação judicial e, por isso, necessitada de capital, de operar. Em suma: é o Estado acelerando a falência de uma empresa, na contramão do princípio da preservação da pessoa jurídica e do fomento à livre iniciativa. Mais uma vez, é a agência reguladora restringindo o mercado.
; Ricardo Santoro,
Lago Sul
Dengue
O assustador surto de dengue em Brasília é combatido com o fumacê, que só atinge o mosquito adulto naquele momento e, por isso, é ineficaz. Isso nos obriga a recordar Oswaldo Cruz que, há um século, resolveu o problema da febre amarela no Rio de Janeiro, então capital federal. A saúde pública, com um batalhão de mata-mosquitos, em um mês ,eliminou 2.328 focos do inseto transmissor, visitando residência por residência, vedando as caixas d;água e o acúmulo de depósitos de água, impedindo a multiplicação das larvas. Lembro que, no comércio, surgiram as latas de desinfetante creosoto com a marca de Cruzwaldina,
; Roldão Simas Filho,
Octogonal
Exemplos
Em recente café da manhã com jornalistas, Bolsonaro disse não ver problema nenhum no fato de crianças aprenderem a atirar com 6 ou 7 anos. E teve o mau gosto de citar: meus filhos, por exemplo... ;Tem pai que é cego;, dizia o bordão criado pelo Jô Soares no programa Viva o Gordo anos atrás. Sinto muito, Jair, mas seus filhos não são definitivamente exemplos edificantes de ;garotos;. O Carlos é um radical, desbocado, que deveria trabalhar na Câmara do Rio, aliás, cargo para o qual foi eleito (lá é um ambiente, segundo sei, bem adequado a ele...) e não ficar atacando integrantes do seu governo pelas redes sociais. Um ;olavete; desprezível;. Seu filho Flávio está envolvido no escândalo da Assembleia Legislativa conhecido como ;rachadinha (assim como o governo cubano fazia com os profissionais do programa Mais Médicos que o senhor tanto criticou). O Eduardo fala menos mas, quando o faz, defende logo uma bomba nuclear para o país... Definitivamente, Jô Soares tem razão: ;Tem pai que é cego!”
; Wagner Mendonça Lopes,
Asa Norte
Meio ambiente
Não poderia ser mais estapafúrdia a proposta do Ministério do Meio Ambiente de indenizar latifundiários, em sua maioria grileiros, com recursos destinados ao Fundo da Amazônia, formado com doações de organizações estrangeiras, cujos países têm grande preocupação com a preservação do patrimônio natural da região. Se aprovada, a proposta abrirá precedente perigoso, além de ser um desvirtuamento da ideia original, uma vez que o dinheiro se destina a projetos de proteção e preservação dos ecossistemas. Porém, recomendar que haja bom senso do ministério seria exigir demais. O governo questiona as mudanças climáticas, pretende transformar santuários em pontos turísticos, defende o desmatamento de reservas nas propriedades rurais na Amazônia. Trafega com desenvoltura na contramão da tendência mundial de preservação do meio ambiente a fim evitar o avanço dos desequilíbrios climáticos e naturais, que tanto têm afetado a vida humana no planeta. Espera-se que os representantes das organizações europeias não acolham a proposta do ministério.
; Ricardo Mesquita,
Jardim Botânico
Feminicídio
Belíssimo o artigo ;Não basta dizer ;BASTA!’, publicado na edição deste domingo (26/5, pág. 12), que trata do aumento do feminicídio. Em cinco meses, 13 mulheres foram executadas por ex-maridos ou companheiros. Lamento que tal apelo não sensibilize as autoridades, principalmente quando se tem um governo belicista, que edita decreto para que todos tenham acesso a todos os tipos de armas de fogo e até mesmo um fuzil; quando a responsabilidade pela segurança do cidadão deixa de ser obrigação do Estado e passa a ser do indivíduo; quando o presidente acha que um bebê do sexo feminino resulta de uma ;fraquejada; do macho. Pior quando a ministra da pasta da mulher e dos direitos humanos vai a público e diz que a mulher tem de ser subserviente ao seu companheiro. O clima no país está contaminado pelo discurso de ódio contra mulheres, gays, negros, minorias e comunidades tradicionais. A violência permeia o discurso de quem governa. Respira-se ódio, preconceito e racismo neste país. Vive-se o nós contra eles. E nós temos que nos preservar para não sermos as próximas vítimas de um sniper de plantão, autorizado a executar quem o contraria, mesmo que esse alguém seja ou tenha sido sua companheira.
; Maria Thereza Pereira,
Asa Norte