Tratam-se de funcionários "do conselho de administração do porto de Beirute e da administração de alfândegas e encarregados de trabalhos de manutenção e (operários) que realizaram trabalhos no armazém" onde era guardado o nitrato de amônio, informou o promotor militar Fadi Akiki em um comunicado.
"Dezesseis pessoas estão detidas no âmbito da investigação", acrescentou o comunicado sem informar a data de sua detenção, sua identidade ou as acusações contra. Segundo uma fonte ligada à investigação as detenções ocorreram na quarta ou na quinta-feira.
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Segundo as autoridades, originou-se no depósito onde eram armazenadas 2.700 toneladas de nitrato de amônio há seis anos "sem medidas de precaução" necessárias, segundo o primeiro-ministro, Hassan Diab.
As autoridades portuárias, os serviços de alfândega e alguns serviços de segurança eram conscientes de que ali eram armazenadas substâncias químicas perigosas, mas se responsabilizam mutuamente.
Em junho de 2019, foi feita uma investigação após queixas reiteradas sobre o mau cheiro que emanava do armazém e determinou-se que havia "materiais perigosos que deviam ser transferidos" e que as paredes do armazém estavam danificadas.
A direção do porto, que estava a par da periculosidade dos materiais, enviou há alguns dias os operários para fechar as brechas do armazém. Estas obras, segundo as fontes de segurança, teriam sido a origem da tragédia.