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Após explosões Líbano precisará de ajuda para se reerguer, diz Ali Zoghbi

Vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil acredita que país precisará de ajuda da comunidade internacional

Correio Braziliense
postado em 04/08/2020 22:00
Explosão no porto de BeiruteApós a explosão que deixou ao menos 50 mortes em Beirute, capital do Líbano, a comunidade libanesa no Brasil busca informações e explicações. Em entrevista ao Correio, Ali Zoghbi, vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (FAMBRAS) disse que o Líbano vai precisar de ajuda para se reerguer.
 
O membro da comunidade libanesa no Brasil disse que acompanha com muita preocupação e pesar tudo que aconteceu no país, especialmente pelo momento político e econômico que o país enfrenta. “Na verdade, todos fomos pegos de surpresa. O Líbano já está bastante combalido por uma das maiores crises econômicas das história do Líbano, o que tem provado penúria e miséria especialmente entre os menos favorecimentos. Eu diria que o acontecimento de hoje vai agravar muito mais essa situação de penúria. O que nos entristeceu, além de todas as mortes é que o Líbano seja castigado dessa forma num momento tão delicado do país”, disse Ali Zoghbi. 

O vice-presidente da FAMBRAS diz que os libaneses ajudaram a muito a sociedade mundo afora e agora é hora de que todos retribuam. Para ele, o país precisa de ajuda para se construir e que a toda comunidade internacional deve auxiliar. “O Líibano agora precisa de ajuda. De ajuda responsável e consciente, que possa permitir algum projeto mais salutavel, transparente e que tenha auditoria internacional. Acho que a comunidade internacional poderia desenvolver um projeto com a participação de diversos países para ajudar o Líbano. Mas, neste momento, o que a gente deseja é essa reconstrução e união do povo libanês projetando um futuro melhor.”

 
 

Ao Correio, o cônsul honorário do Líbano em Goiás, Hanna Mtanios disse que “é preciso ter cautela sobre o que houve", pois há muitos boatos. A comunidade libanesa no Brasil é maior que a população do Líbano no país. Só em Goiás é estimada a presença de 300 mil pessoas. 

Hanna Mtanios destaque que mesmo sem notícias conclusivas é preciso ter tranquilidade. O cônsul também disse que o consulado de Goiás não foi acionado, mas está à disposição para a comunidade libanesa que precise de informações. "É preciso ter tranquilidade, fazer contato com os parentes e amigos residentes no Líbano para saber como eles estão, mas, sobretudo, aguardar as apurações do que realmente aconteceu, sem conclusões precipitadas. Não fomos procurados, mas, se formos, entrarei em contato com as autoridades e auxiliarei no que for preciso e possível", afirmou. 
 
 

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