Correio Braziliense
postado em 04/08/2020 15:00
As duas fortes explosões sucessivas que atingiram Beirute, no Líbano, nesta terça-feira (4/8), foram sentidas até em países vizinhos. Segundo testemunhas, as explosões puderam ser ouvidas na cidade costeira de Larnaca, no Chipre, a pouco mais de 200km da costa libanesa.
As explosões, que ocorreram na área portuária, deixaram ao menos 50 mortos e 2.750 feridos, de acordo com o ministro da Saúde, Hamad Hassan. De acordo com o Itamaraty, .
O governo decretou um dia de luto nacional na quarta-feira, enquanto o presidente convocou uma reunião de emergência do Conselho Superior de Defesa.
Uma autoridade de segurança local disse que as explosões . O grupo Hezbollah negou qualquer participação nas explosões. O incidente ocorre .
Impactos
Janelas e vitrines de muitos prédios e lojas quebraram nos arredores. Vídeos postados nas redes sociais mostram uma primeira explosão seguida de uma outra que provoca uma gigantesca nuvem de fumaça.
A área portuária foi isolada pelas forças de segurança, que só permitem a passagem de agentes da defesa civil, o balé de ambulâncias com suas sirenes e caminhões de bombeiros.
Nas proximidades do distrito portuário, os danos e a destruição são enormes.
A mídia local transmitiu imagens de pessoas presas em escombros, algumas cobertas de sangue.
"Os prédios estão tremendo", tuitou um morador da cidade, dizendo que "todas as janelas do (seu) apartamento explodiram". Um outro morador comparou as explosões ao ataque com bomba atômica em Hiroshima, no Japão.
De acordo com os correspondentes da AFP, muitos residentes feridos andam nas ruas em direção a hospitais. No bairro de Achrafieh, os feridos correm para o Hôtel Dieu. Em frente ao centro médico de Clémenceau, dezenas de feridos, incluindo crianças, às vezes cobertas de sangue, esperavam para serem admitidos.
Quase todas as vitrines das lojas dos bairros de Hamra, Badaro e Hazmieh estavam quebradas, assim como os vidros dos carros. Muitos veículos, aliás, foram abandonados nas ruas com os airbags inflados.
Brasil
Ao Correio, Hanna Mtanios, o cônsul honorário do Líbano em Goiás, definiu o momento como de “muitas incertezas". "A insegurança é geral", avalia.
A comunidade libanesa no Brasil é maior que a população do Líbano. Os intensos processos migratórios fixaram de 7 a 11 milhões de libaneses e descendentes no Brasil. Por outro lado, no Líbano, a população é de 6,8 milhões de pessoas. Só no estado de Goiás, o Consulado estima a presença de cerca de 300 mil em diversos municípios do estado, inclusivo no Entorno, além do Distrito Federal.
Com informações da Agência France-Presse
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.