Diretor do Conselho de Democracia de Hong Kong (Washington D.C.) e o único não chinês com mandado de prisão expedido pela China
Como o senhor analisa o expurgo promovido a ativistas pró-democracia pelo governo de Hong Kong e pela China?
O Partido Comunista Chinês (PCC) e as autoridades de Hong Kong entendem que, por causa do momento e da resiliência do movimento de protesto, os candidatos pró-Pequim podem perder as eleições para o Conselho Legislativo. Isso poderia levar a uma maioria esmagadora dos pró-democracia. Isso é o que os ditadores fazem — desqualificar seus opositores e adiar eleições democráticas quando sabem que perderam os corações e as mentes do povo.
Qual é a razão de tal manobra, na sua opinião?
Acho que a intenção deles é estancar a onda pró-democracia. No entanto, o efeito será oposto. Qualquer pouca legitimidade que o governo de Hong Kong deixou agora está destruída. O atraso nas eleições apenas anima e intensifica o apoio e as demandas por reformas democráticas. (RC)