"Essa pandemia é uma crise de saúde que só se vive uma vez por século e seus efeitos serão sentidos por décadas", disse o diretor da OMS.
O novo coronavírus já matou cerca de 675.000 pessoas e infectou ao menos 17,3 milhões em todo o mundo desde que apareceu na China, em dezembro passado, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais.
O Comitê, composto por 18 membros e 12 conselheiros, pode propor novas recomendações ou revisar algumas. No entanto, não há dúvida de que a situação de emergência internacional continuará em vigor.
Quando a OMS decretou o alerta mundial em 30 de janeiro, já havia ao menos 100 casos fora da China, embora ainda não houvesse mortes registradas fora desse país, explicou o diretor da organização, defendendo a instituição.
A OMS foi amplamente criticada por adiar o decreto do estado de emergência depois que o novo coronavírus foi percebido pela primeira vez na China.
Os Estados Unidos, que acusaram a organização de ser uma "marionete" manipulada pela China, e até de ter sido "comprada" por esse país, começaram sua retirada da instituição em julho.
A OMS também foi criticada por recomendações consideradas tardias ou contraditórias, principalmente em relação ao uso de máscaras ou sobre as formas de transmissão do vírus.
"Muitas questões científicas foram resolvidas, mas ainda há outras a serem respondidas", ressaltou o diretor da OMS.
"Os primeiros resultados de estudos sorológicos mostram um quadro consistente: a maioria da população permanece suscetível a esse vírus, mesmo em áreas onde ocorreram surtos muito fortes", acrescentou.
"Muitos países que acreditavam ter passado pelo pior estão voltando a enfrentar surtos. Alguns que foram menos afetados nas primeiras semanas tiveram aumento de casos e mortes. E outros que tiveram surtos fortes conseguiram controlá-los", afirmou.
"À medida que o desenvolvimento da vacina progride em tempo recorde, precisamos aprender a conviver com esse vírus e a lutar com as armas que temos", finalizou Ghebreyesus.