Os migrantes foram levados de ônibus para centros de acolhidas, ou ginásios, vazios, na região parisiense, disse o comando da polícia local à AFP.
"Esta operação é a continuação lógica de todas aquelas que já realizamos há vários meses", disse à imprensa o responsável pela polícia de Paris, Didier Lallement, presente durante a retirada.
A evacuação também responde a um imperativo sanitário, no momento em que as autoridades lutam para impedir um segundo surto da covid-19.
Os migrantes que se estabeleceram neste acampamento no meio da rua são homens, em sua maioria, procedentes de países que fazem parte do Chifre da África - Etiópia, Somália, Djibuti e Eritreia -, ou Afeganistão.
"Estão esgotados. Para alguns, é a décima evacuação. Eles sabem que serão levados para ginásios, e metade estará na rua novamente hoje à noite", disse Silvana Gaeta, do coletivo Solidarité Migrants Wilson.
Depois de hesitar quanto a entrar, ou não, em um dos ônibus, Ismaël Fatah aguarda pacientemente sua vez de embarcar.
"É a quarta vez que me instalo em um acampamento. A vida é dura na França, não esperava essa recepção. Meu país está em guerra, não tenho outra opção", disse à AFP este pai de família de 29 anos, oriundo do Sudão, cujo filho nasceu na França.
O "campo" de Aubervilliers é um dos muitos que surgiram nas ruas de Paris e nos arredores desde o início da crise migratória em 2015.
Muitos dos migrantes que vivem nesses locais fogem da guerra, ou da pobreza, em seus países.