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Repressão policial durante protestos

A polícia dos EUA usou granadas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra manifestantes em todo país, em meio a uma onda de indignação frente ao “aumento” — anunciado pelo presidente Donald Trump — da presença de agentes federais nas principais cidades norte-americanas.

Deflagradas após a morte do afro-americano George Floyd pela polícia em Minnesota, manifestações contra o racismo e a brutalidade policial tomam o país, quando o presidente Donald Trump enfrenta um difícil momento na corrida pela reeleição e recorre a uma campanha intensamente baseada na ideia de “lei e ordem”.

Os manifestantes marcharam em Portland, Austin, Louisville, Nova York, Omaha, Oakland e Los Angeles. Em Richmond, na Virgínia, o Batalhão de Choque disparou agentes químicos em uma marcha do movimento Black Lives Matter.

Em Austin, um homem foi morto em um tiroteio ocorrido na noite de sábado, no protesto realizado no centro da capital do Texas. Uma testemunha, Michael Capochiano, contou que o incidente aconteceu quando um homem tentou lançar o automóvel contra a multidão.

O carro foi cercado por manifestantes. Um deles aproximou-se carregando um rifle. O motorista sacou uma arma da janela e disparou, atingindo o homem com o rifle. Fugiu do local a toda velocidade. A polícia informou que o atirador está sob custódia e coopera com a investigação.

Em Portland, os manifestantes reclamaram da presença de agentes federais na cidade e expressaram apoio ao movimento Black Lives Matter, protagonista dos protestos. “Não gosto do que está acontecendo, do que Trump está fazendo”, disse Mike Shikany, um engenheiro aeroespacial de 55 anos, acrescentando que “não quer se aproximar dos homenzinhos verdes”, referindo-se às tropas enviadas pelo governo federal.

O Departamento de Justiça disse ter aberto, na semana passada, uma investigação oficial sobre a repressão federal. Na sexta-feira, porém, um juiz federal do Oregon rejeitou uma tentativa legal do estado de impedir policiais de prenderem manifestantes.




Coreia do Norte registra primeiro caso suspeito
O líder norte-coreano Kim Jong Un assumiu, ontem, pela primeira vez, que “o vírus” pode ter entrado no país, ao confirmar o primeiro caso de suspeita de infecção pelo novo coronavírus, de acordo com informações da imprensa estatal. Diante das suspeitas, foi declarado lockdown (bloqueio total) na cidade de Kaesong, próxima da fronteira com a Coreia do Sul, desde a tarde de sexta-feira. Se esse paciente for oficialmente declarado com covid-19, será o primeiro caso confirmado no país. Até agora, a Coreia do Norte tem afirmado veementemente que não teve nenhum caso da doença. A alegação, entretanto, é questionada por especialistas externos.