Mundo

EUA expõe fotos de suposto abastecimento de armas russas a rebeldes líbios

Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, a Rússia continua a fornecer uma ampla gama de armas, incluindo caças, mísseis, minas terrestres e veículos blindados, por meio do mercenário estatal Wagner Group

A Rússia continua fornecendo uma ampla gama de armamentos aos rebeldes líbios, incluindo aviões de combate, mísseis de defesa aérea, minas terrestres e veículos blindados pelo grupo mercenário Wagner, apoiado pelo Estado, informou o Departamento de Defesa dos Estados Unidos nesta sexta-feira. 

O Pentágono divulgou fotos de satélite que mostram equipamentos militares fornecidos por Wagner "na linha de frente" do conflito na Líbia em Sirte, a leste da capital. 

Washington diz que as atividades da Rússia são contrárias ao embargo de armas da ONU à Líbia. 

De acordo com o Pentágono, as fotos mostram aviões de carga russos, incluindo IL-76, caças, veículos de lançamento de mísseis SA-22, caminhões pesados e um veículo blindado resistente a minas, no aeroporto de Sirte e Al-Khadim, a leste de Benghazi. 

O diretor de operações do Comando dos Estados Unidos para a África (Africom), Bradford Gering, disse que as fotografias são evidências de que Moscou está construindo sua presença na Líbia ao lado do homem forte do leste da Líbia, Khalifa Haftar, que luta para tomar o poder do Governo do Acordo Nacional em Trípoli, reconhecido pela ONU. 

"O tipo e o volume de equipamentos demonstram uma intenção de sustentar capacidades ofensivas de ação de combate, não ajuda humanitária, e indica que o Ministério da Defesa da Rússia está apoiando essas operações", afirmou Gering em comunicado. 

A Africom documentou a provisão da Rússia, através do Grupo Wagner, de pelo menos 14 caças Mig-29 e Su-24 para o conflito na Líbia. 

Na semana passada, a Africom acusou o grupo de colocar minas terrestres em Trípoli e nos arredores. 

"A Federação Russa continua a violar a Resolução do Conselho de Segurança da ONU, UNSCR 1970, fornecendo ativamente equipamentos e combatentes militares para a linha de frente do conflito na Líbia", disse Africom no comunicado.