Uma das cidades mais afetadas pelos incêndios, que são registrados todos os anos mas que estão se tornando cada vez mais graves devido, segundo os cientistas, ao aquecimento global, é Yugorsk, localizada 1.600 km ao nordeste de Moscou, onde um grupo de mais de 100 bombeiros e voluntários combatem as chamas.
"O fogo não ameaça as casas, mas a fumaça entrou na cidade", disse à AFP Alexeï Maksimeniouk, uma autoridade municipal.
Em Iakutsk, cidade de mais de 300.000 habitantes na Sibéria oriental, fotos e vídeos publicados nas redes sociais mostram uma nuvem cinza de fumaça que envolve as ruas e casas.
No total, os quase 200 focos se espalharam por 43.000 hectares, mas há outros 380.000 hectares que foram devastados pelas chamas e nos quais não há bombeiros, já que a política oficial, frequentemente criticada, é de não apagar incêndios em áreas isoladas e desabitadas.
Essa política foi muito criticada no ano passado, quando a fumaça chegou até algumas das cidades mais populosas da Sibéria. O presidente russo Vladimir Putin enviou o exército para apagar os focos de incêndio.
Este ano, os incêndios estão mais intensos e abundantes devido à onda de calor provocada pela mudança climática. Mas grupos ambientalistas também apontam que a má gestão das florestas russas e a falta de recursos financeiros dedicados a elas contribuem para os incêndios.
Um deputado do Parlamento que representa a região de Yakutia, Fedot Toumousov, pediu mais financiamento.
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Hoje, o primeiro-ministro Mijáil Mishustin anunciou que desbloqueará 2,6 bilhões de rublos (US$ 36,5 milhões) para ajudar as regiões afetadas pelos incêndios.