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“Um homem de partido”

Formado em Direito pela Universidade Jagellonne de Cracóvia em 1996, Andrzej Duda, 48 anos, é fiel às iniciativas do Partido Direito e Justiça (PiS), pelo qual se elegeu, pela primeira vez, para o parlamento. Seguindo os preceitos da legenda, promulgou na Presidência sua generosa política social, assim como as reformas que fragilizam o Estado de direito.

“É um homem de partido, que executa ordens”, classificou o cientista político Stanislaw Mocek, reitor da Universidade Collegium Civitas de Varsóvia.

Nascido Cracóvia, em uma família de professores, Duda se aproximou do PiS em 2005, no momento em que o partido de Jaroslaw Kaczynski preparava seu primeiro governo. O poder do líder do PiS foi reforçado, na ocasião, com o de seu irmão gêmeo Lech Kaczynski, morto em uma catástrofe aérea cinco anos mais tarde. Duda se declara herdeiro espiritual de Lech Kaczynski.

Eleito para o Parlamento polonês em 2011 e deputado europeu três anos depois, Duda era praticamente um desconhecido quando Jaroslaw Kaczynski o designou candidato à Presidência da República.

Católico praticante, ele é um crítico da Convenção Europeia sobre a Violência Doméstica, da fertilização in vitro e da ideologia LGBT. Escoteiro na infância, casado e pai de uma filha, declara-se favorável ao endurecimento da lei contra o aborto no país, que já é uma das mais restritivas da Europa.

Duda apoiou um amplo pacote de ajudas sociais introduzido pelo PiS, em particular o de reduzir de 67 para 65 anos a idade de aposentadoria e a concessão de uma ajuda mensal de de 500 zlots (US$ 126) por filho.

Na política internacional, Andrzej Duda atua desde o início para reforçar os vínculos com a Otan e os Estados Unidos, que mobilizaram tropas na região, em resposta à política agressiva da Rússia na vizinha Ucrânia.