"Testei positivo para a Covid19, estou bem, trabalharei do meu isolamento. Juntos, vamos sair adiante", escreveu Áñez em sua conta no Twitter.
"Vou ficar em quarentena uns 14 dias até que faça outro exame. Eu me sinto bem", disse a presidente de 53 anos em um vídeo publicado na mesma conta.
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Três membros do gabinete de Áñez, entre eles os ministros da Presidência, Yerko Núñez, e da Saúde, Eidy Roca, tinham anunciado em dias recentes que também estavam contagiados.
O governo anunciou nesta quinta que o ministro da Defesa, Luis Fernando López, também vai se ocupar da pasta da Saúde enquanto Roca estiver ausente.
"Visto que na última semana muitos deles testaram positivo para o coronavírus, fiz o teste e também deu positivo", disse Áñez, que sucedeu no mandato o esquerdista Evo Morales quando ele renunciou em novembro de 2019.
A presidente do Congresso boliviano, Eva Copa, também se isolou preventivamente na quarta-feira à espera do resultado de um exame diagnóstico.
Em todo o mundo, mais de 12 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus, quase a metade delas na América Latina e nos Estados Unidos, segundo contagem da AFP nesta quinta-feira.
Áñez decidiu em dezembro se candidatar às eleições inicialmente previstas para maio, mas que foram adiadas para 6 de setembro por causa da pandemia.
"Minha solidariedade e desejo de uma pronta e completa recuperação à Presidenta @JeanineAnez", escreveu no Twitter Carlos Mesa, ex-presidente e candidato do centro às próximas eleições.
Outro candidato, o ex-presidente de direita Jorge Quiroga, também tuitou: "minha solidariedade à nossa Presidenta @JeanineAnez. Para nossa transição democrática, sua saúde e presença são INDISPENSÁVEIS".
A estas mensagens somou-se à do secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
"Esperamos uma pronta recuperação à Presidenta da #Bolivia @JeanineAnez diagnosticada positivo para #COVID19", escreveu no Twitter.
O ministro da Defesa informou que tinha falado por telefone com Áñez e que ela tinha lhe dito que estava bem. "Oremos todos os bolivianos pela presidenta, os ministros e todos os bolivianos infectados", disse López.
Embora Áñez tenha se mostrado relutante a convocar eleições para setembro, pois queria que fossem adiadas por "mais um mês ou dois" para controlar a pandemia, finalmente promulgou a lei de convocação.
O afilhado político de Evo Morales, Luis Arce, lidera as pesquisas de intenção de voto (33,3%), seguido do ex-presidente Mesa (18,3%) e Áñez (16,9%), segundo as últimas pesquisas publicadas em março.
Durante os últimos dias, a mandatária mantinha reuniões virtuais através da plataforma Zoom da residência presidencial, segundo um de seus ministros.
A Bolívia, com 11 milhões de habitantes, registrou até esta quinta-feira um total de 42.984 contagiados e 1.577 falecidos.