A Suprema Corte dos Estados Unidos se negou nesta segunda-feira (29/6) a interferir na decisão do governo de Donald Trump de retomar as execuções federais em 13 de julho, após uma pausa de 17 anos.
O principal tribunal americano se recusou a considerar um recurso sobre o método de injeção letal escolhido pelo governo republicano.
A menos que outro recurso tenha mais sucesso, Estados Unidos deve executar em 13 de julho Daniel Lewis Lee, um defensor da supremacia branca condenado em 1999 à pena de morte pelo assassinato de um casal e uma menina de oito anos.
A mãe de uma das vítimas pediu a Donald Trump que concedesse sua indulgência ao condenado. No entanto, o presidente ainda não decidiu considerar o pedido.
Trump, que está concorrendo à reeleição em novembro, pede regularmente o aumento do uso da pena de morte, principalmente para os assassinos de policiais ou para narcotraficantes.
O apoio à pena de morte diminuiu entre os americanos, já que atualmente apenas 54% são a favor de sua aplicação, em comparação aos cerca de 80% no início da década de 1990. Apenas um punhado de estados, especialmente no sul conservador, ainda a utiliza.
Em 2019, 22 execuções de presos foram registradas nos EUA.
A maioria dos crimes é julgada a nível estadual, mas os tribunais federais costumam lidar com os atos mais graves (como ataques terroristas, crimes racistas...) ou os cometidos em bases militares ou em reservas indígenas.