A bateria desenvolvida pela equipe da Universidade de Stanford faz parte de um grande consórcio desenvolvido pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos para a criação de veículos elétricos mais leves e capazes de percorrer distâncias mais longas. Chamado Battery500, o projeto sustenta que, ao melhorar ânodos, eletrólitos e outros componentes, será possível triplicar a quantidade de eletricidade que uma bateria de metal de lítio pode fornecer.
Quando o programa começou, em 2016, havia opções com, em média, 180 watts-hora por quilograma. “A bateria sem ânodos em nosso laboratório atingiu cerca de 325 watts-hora por quilograma de energia específica, um número respeitável. Nosso próximo passo pode ser trabalhar em colaboração com outros pesquisadores do Battery500 para construir células que atinjam a meta do consórcio, de 500 watts-hora por quilograma”, afirma Yi Cui, professor do Laboratório Nacional de Aceleração da universidade estadunidense.
Também participante do estudo, Zhenan Bao ressalta que os projetos de criação de eletrólitos estão ficando “muito exóticos”, com preços que podem inviabilizar o desenvolvimento da tecnologia em larga escala. “A molécula de FDMB é fácil de fabricar em grande quantidade e bastante barata”, compara. Para ele, o trabalho desenvolvido também abre caminhos para novas formas de investigação. “Nosso estudo basicamente fornece um princípio de design que as pessoas podem aplicar para obter melhores eletrólitos. Acabamos de mostrar um exemplo, mas existem muitas outras possibilidades”, incentiva Bao.