A Justiça de Nova York negou, ontem, uma ação que pretendia proibir o lançamento de um livro escrito por Mary Trump, sobrinha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que, segundo sua editora, mostra “a obscura história” da família do magnata. O recurso foi impetrado por Robert Trump, irmão do líder republicano, sob o argumento de que a publicação viola um acordo de confidencialidade.
Mary Trump, 55 anos, é filha do irmão mais velho do chefe da Casa Branca, Fred Trump Jr, que morreu em 1981, aos 42 anos, de alcoolismo. No livro de 240 páginas , intitulado Too much and never enough: how my family created the world’s most dangerous man (Demais e nunca o bastante: como minha família criou o homem mais perigoso do mundo), ela relata sua experiência na casa de seus avós em Nova York.
Segundo Robert S. Trump, a iniciativa da sobrinha desrespeita um pacto de sigilo relacionado ao legado de Fred Trump, o patriarca da família. O livro será publicado em 28 de julho, três meses antes da eleição presidencial.
O tribunal especializado de Nova York declarou que não tinha jurisdição para resolver a disputa. Obras críticas sobre Trump, que tenta o segundo mandato, multiplicaram-se nos últimos meses. O livro de Mary, porém, é o primeiro escrito por um membro da família.
“Ela descreve um pesadelo traumático, relacionamentos destrutivos e uma mistura trágica de negligência e abuso”, divulgou a editora Simon & Schuster.