A Colômbia anunciou nesta terça-feira (23/6) um acordo com o Equador para flexibilizar a circulação de veículos na fronteira comum, suspensa pela pandemia do novo coronavírus e também permitir o retorno de pessoas que ficaram bloqueadas nos dois países.
A medida facilitará o retorno de cidadãos locais e residentes estrangeiros a seus destinos de residência, informou em coletiva de imprensa Juan Francisco Espinosa, diretor da Migração Colômbia.
Com este convênio, cobre-se a "necessidade de apoio de conacionais que saíram, muitos em motocicletas, outros em veículos, e que ficaram em Chile, Argentina, Peru, e em muitíssimos casos, no Equador", assegurou o funcionário.
O tráfego só será possível pela ponte Rumichaca, que liga a Colômbia ao Equador, onde já era permitido cruzar a pé "por razões de força maior ou casos fortuitos", informou à AFP o serviço de imprensa da entidade.
A administração do presidente conservador Iván Duque fechou em 16 de março as fronteiras terrestres, marítimas e fluviais para conter a expansão do novo coronavírus, que deixou até agora mais de 70.000 contágios e 2.300 mortos no país.
Para poder obter o salvo-conduto de retorno a seu país de residência, os interessados deverão demonstrar que viajam por razões humanitárias e se inscrever no registro de emergência e desastres da chancelaria, além de apresentar uma declaração de saúde, acrescentou Espinosa.
Também terão que cumprir quarentena de 14 dias ao retornar. Os doentes com covid-19 não poderão voltar por meio desse mecanismo.
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Por outro lado, o funcionário informou que mais de 18.000 colombianos foram repatriados em 139 voos humanitários desde que o espaço aéreo nacional foi fechado, em 23 de março.
A Colômbia está sob um regime de confinamento iniciado em 25 de março e se estenderá a princípio até 1º de julho, com muitas exceções que visam a mitigar o impacto na economia.