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Presidentes latinos, FMI e BID vão discutir como enfrentar crise econômica

Encontro é promovido pelo governo espanhol. Duas maiores economias da América Latina, México e Brasil não participarão

Presidentes de nove países da América Latina irão discutir nesta quarta-feira (24/6), em teleconferência com diretores do FMI, Banco Mundial e BID, como enfrentar o impacto econômico do novo coronavírus, anunciou hoje o governo espanhol, que promove a reunião.

As discussões começarão às 14h GMT e contarão com a participação dos presidentes de Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru, Paraguai, República Dominicana e Uruguai, informaram fontes do Executivo espanhol. Brasil e México, as duas maiores economias latino-americanas, não estarão representados.

Fontes do Executivo espanhol disseram que a lista de participantes obedece a uma seleção de países que representam as sub-regiões do continente e com os quais se deseja trabalhar da forma mais eficaz. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, não poderá participar por motivo de agenda.

Do lado espanhol, estarão presentes, além do chefe de governo, Pedro Sánchez, a chanceler Arancha González Laya e a ministra da Economia, Nadia Calviño. Também estarão na reunião a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, seu colega do Banco de Desenvolvimento da América Latina, Luis Carranza, o vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Felipe Jaramillo, e a secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan.

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Fontes ligadas à reunião assinalaram que se deseja publicar uma declaração não-vinculante, que será "um chamado às instituições financeiras internacionais" para que articulem um novo mecanismo com o qual enfrentar os efeitos da pandemia na região, duramente castigada.

Segundo as fontes, não se pretende fixar uma cifra de quanto dinheiro investir, e sim trabalhar em outras pistas, como medidas para os setores mais afetados, mobilização de endossos para créditos ou realização de swaps entre bancos centrais, para estabilizar as taxas de câmbio.

Também se pretende discutir o tema espinhoso da dívida de muitos países em consequência da pandemia, de forma que a mesma possa se tornar "sustentável", com medidas caso a caso.