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Sanofi amplia colaboração com Translate Bio por vacina contra a covid-19

A Sanofi, uma das principais produtoras de vacinas do mundo, está trabalhando em duas vacinas contra a covid-19, que podem estar prontas em 2021

O laboratório francês Sanofi anunciou nesta terça-feira que ampliará a colaboração com a americana Translate Bio, uma empresa de biotecnologia com cotação no índice Nasdaq, com a qual está trabalhando em uma vacina contra a covid-19. 

"Sob os termos do acordo ampliado, a Translate Bio receberá um pagamento total antecipado de 425 milhões de dólares, incluindo 300 milhões de dólares em espécie e um investimento de capital privado de 125 milhões de dólares em forma de ações ordinárias avaliadas em 25,59 dólares por título", afirma  Sanofi em um comunicado.

"Vemos uma grande promessa na tecnologia e na experiência da Translate Bio e acreditamos que a inclusão da plataforma de RNAm a nossa capacidade de desenvolvimento de vacinas nos ajudará a avançar na prevenção das doenças infecciosas, atuais e futuras", disse o vice-presidente da Sanofi Pasteur, Thomas Triomphe.

O RNA mensageiro (RNAm) leva o código genético do DNA às células.

A Sanofi, uma das principais produtoras de vacinas do mundo, está trabalhando em duas vacinas contra a covid-19, que podem estar prontas em 2021.

Uma, desenvolvida em parceria com o grupo britânico GSK, utiliza a tecnologia de DNA recombinante, já utilizada para uma vacina contra a gripe. Os testes clínicos estão previstos para setembro e a vacina poderia estar disponível no primeiro semestre de 2021, um pouco antes do anunciado inicialmente pela Sanofi. 

O grupo francês afirma que tem a capacidade de produzir até um bilhão de doses por ano.

Com a Translate Bio, a Sanofi trabalha em uma vacina baseada na tecnologia do RNA mensageiro. A empresa pretende iniciar um estudo clínico no fim do ano e, caso os dados sejam positivos, obter a aprovação no segundo semestre do próximo ano para uma capacidade de produção de entre 90 e 360 milhões de doses por anos.

Outros laboratórios já começaram os testes clínicos, incluindo a empresa americana de biotecnologia Moderna.