As propostas serão apresentadas pelo governo mexicano à Coalizão para as Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), uma organização público-privada que já financia nove pesquisas.
"Os projetos parecem muito bons, todos eles têm uma conexão com uma empresa farmacêutica, todos têm conexões com importantes grupos no exterior, que trabalham sobre o tema das infecções", disse à AFP Esther Orozco, líder do grupo de especialistas que coordena esses trabalhos.
"O CEPI decidirá se algum dos projetos ou mais de um tem a possibilidade, de acordo com seus rígidos parâmetros, de ser financiado", acrescentou a especialista, que não especificou o valor dos recursos que seriam concedidos.
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Também realizam pesquisas centros de saúde como o Instituto Nacional de Nutrição e o Instituto Mexicano de Seguridade Social (IMSS).
"Todos os projetos estão em andamento, eles já têm seis meses, que é o tempo que há a COVID-19 no mundo, porque (os responsáveis) têm experiência em pesquisas com vírus e na fabricação de vacinas contra a influenza e zika", explicou Orozco, na Cidade do México.
"Todas estão prontas para começar os testes em humanos", ressaltou.
O CEPI estima que o desenvolvimento da vacina para a COVID-19 precisará de cerca de US$ 2 bilhões, dos quais afirma ter conseguido US$ 1,4 bilhão para financiar vários projetos.
Outros países e laboratórios estão buscando em tempo recorde - de 12 a 18 meses - uma vacina contra a doença, processo esse que geralmente leva vários anos.
No início de maio, o governo mexicano disse que aceitou o convite da Noruega (o país criador do CEPI e o seu maior contribuinte) para ingressar na instituição de pesquisa.
Até o momento, a pandemia do novo coronavírus tem 146.837 casos confirmados e 15.141 mortes no México.